Pular para o conteúdo principal

O Assunto #933: O Brasil e a memória da ditadura


Pela primeira vez em 5 anos, as Forças Armadas não celebraram a data que marca o golpe militar de 1964. É mais uma sinalização de perda de poder político da instituição que sofreu dois reveses na última semana: a decisão inédita do TRF-2 de excluir da Lei de Anistia um sargento que estuprou uma presa política e o retorno da Comissão de Anistia. Você pode ouvir O Assunto no g1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio. Pela primeira vez em 5 anos, as Forças Armadas não celebraram a data que marca o golpe militar de 1964. É mais uma sinalização de perda de poder político da instituição que sofreu dois reveses na última semana: a decisão inédita do TRF-2 de excluir da Lei de Anistia um sargento que estuprou uma presa política em 1971, e o retorno da Comissão de Anistia – composta de nomes indicados pelo presidente Lula (PT) – desta vez com a possibilidade de reavaliação de casos já negados. Para explicar estes recentes movimentos em favor da memória e reparação, Natuza Nery entrevista Rogerio Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog. Neste episódio: Rogério fala sobre a importância “simbólica e política” da reparação às vítimas da ditadura, um processo que foi interrompido com o impeachment de Dilma Rousseff e precarizado nos anos de Jair Bolsonaro. “O Brasil vive sob o manto da impunidade, que possibilita a violência diária ainda hoje”, afirma; Ele comenta o julgamento do STF em relação à Lei de Anistia e defende que os crimes de lesa-humanidade (como tortura e estupro) não estão submetidos a ela: “Ninguém está preocupado com crimes do passado, mas com o presente e o futuro do Brasil”; Rogério acusa os militares – que assumiram a Comissão da Anistia no mandato de Bolsonaro – de “sinalizarem ameaças” e "se confundirem sobre o seu papel” no regime democrático: “Uma visão completamente avessa à democracia”. 🔔 O g1 agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar O que você precisa saber: 1ª sessão: Comissão de Anistia retoma julgamentos da ditadura Nova composição: os nomes que integram a Comissão de Anistia Ministro da Defesa: 'militar em função política fere hierarquia' Golpe: Forças Armadas não comemoram pela 1ª vez em 5 anos VÍDEO: a importância da Lei da Anistia durante a ditadura O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação: Natuza Nery. Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto g1

Fonte: https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2023/04/03/o-assunto-933-o-brasil-e-a-memoria-da-ditadura-1.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

Após susto, cirurgia e orações, 'Diabão' do litoral de SP revela origem do nome

Michel Praddo, de 46 anos, conta que o apelido surgiu após ele ser 'repreendido em nome de Jesus' por uma mulher em Praia Grande. 'Diabão' relatou na web como surgiu nome pelo qual ficou conhecido Reprodução/Redes Sociais Michel Praddo, de 47 anos, conhecido como 'Diabão', revelou nas redes sociais a origem do nome pelo qual ficou conhecido. Segundo o morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, o apelido surgiu após ele ser "repreendido em nome de Jesus" por uma mulher. Depois de passar por complicações recorrentes de uma abdominoplastia, precisando ficar internado por um período, ele relembrou a história ao G1 nesta segunda-feira (12). Segundo Michel, há cerca de cinco anos, quando ele de fato começou a maior parte das modificações corporais, ele estava próximo a um estúdio de tatuagem quando viu um idoso machucado, perto de um ponto de ônibus. Na ocasião, ele estava sozinho. Para ajudar, ele deu carona ao homem de bicicleta, até uma unidade de

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d