Pular para o conteúdo principal

Brasil avança no Índice Global de Inovação, mas investimentos na área têm caído, diz CNI


País ocupa a 54ª posição no ranking com 132 países; Suíça lidera a lista. Brasil avança no Índice Global de Inovação, mas investimentos na área têm caído, diz CNI Divulgação O Brasil avançou três posições em relação a 2021 e passou a ocupar o 54º lugar no Índice Global de Inovação (IGI) este ano, segundo dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual divulgados nesta quinta-feira (29). A Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma das entidades responsáveis pela produção e divulgação do índice, ponderou, no entanto, que a melhora da colocação não significa que o país esteja andando bem na agenda da inovação. De acordo com a CNI, os investimentos na área têm caído a cada ano, e a posição brasileira ainda está sete casas abaixo da melhor marca atingida, em 2011, quando ficou no 47º lugar. O líder da edição do ranking este ano é a Suíça, seguida pelos Estados Unidos, Suécia e Reino Unido. (Confira no fim desta reportagem os dez países mais bem colocados.) O IGI é calculado a partir da média de dois subíndices. O primeiro é o de insumos de inovação, que avalia os elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras, agrupados em cinco pilares: instituições; capital humano e pesquisa; infraestrutura; sofisticação do mercado; sofisticação empresarial. O segundo subíndice é o de produtos de inovação, que capta o resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia e se divide em dois pilares: produtos de conhecimento e tecnologia; produtos criativos. Na avaliação da CNI, embora o Brasil tenha caído no ranking de insumos de inovação (de 56º, em 2021, para 58º, em 2022), o país subiu seis posições no ranking de resultados de inovação (de 59º para 53º). “Isso quer dizer que, em relação aos investimentos em inovação, o Brasil piorou. Entretanto, é como se os agentes do ecossistema brasileiro tivessem feito mais com menos e obtido melhores resultados em inovação, apesar da queda nos insumos/investimento”, compara a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. Para Sagazio, essa melhora demonstra que, apesar das dificuldades estruturais do ecossistema de inovação no Brasil, as companhias têm se saído melhor do que o esperado. “Isso atesta as capacidades das empresas brasileiras. Se houvesse investimentos perenes em inovação, o que não acontece, o Brasil poderia ser uma potência em inovação”, alerta. América Latina Os números divulgados nesta quinta mostram que o Brasil ocupa a 2ª posição no Índice Global de Inovação entre os países da América Latina. A 1ª colocação fica com o Chile, que é o 50º no ranking geral. O Brasil avançou no recorte regional se comparado com 2021. Na edição deste ano, o país superou o México, agora na 58ª posição do ranking geral, e a Costa Rica, que ocupa a 68ª. O coeditor do índice e diretor da Saïd Business School, da Universidade de Oxford, Soumitra Dutta, afirma que Brasil, Peru e Jamaica tiveram desempenho superior ao esperado para o seu nível de desenvolvimento econômico. “Em termos relativos, líderes regionais, como Chile e Brasil, na América Latina, e África do Sul e Botsuana, na África Subsaariana, apresentaram melhoras em seu desempenho em inovação”, pontua. Confira os dez países mais bem colocados no Índice Global de Inovação: 1 – Suíça 2 – Estados Unidos 3 – Suécia 4 – Reino Unido 5 – Holanda 6 – Coreia do Sul 7 – Cingapura 8 – Alemanha 9 – Finlândia 10 – Dinamarca 54 - Brasil Posição do Brasil em relação aos países da América Latina: 50 - Chile 54 - Brasil 58 - México 63 - Colômbia 64 - Uruguai 65 - Peru 68 - Costa Rica

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/09/29/brasil-avanca-no-indice-global-de-inovacao-mas-investimentos-na-area-tem-caido-diz-cni.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part...

Tenente da aeronáutica é assassinado ao reagir a assalto no centro comercial de Belém

Crime foi na travessa Campos Sales, à luz do dia. Tenente da aeronáutica é assassinado no centro comercial de Belém. Reprodução Um tenente da aeronáutica, identificado como Cláudio Alexandre Cândido, morreu após tentar reagir a um assalto no centro comercial de Belém, na tarde desta terça (14). Segundo informações da Polícia, dois criminosos armados que estavam em uma motocicleta abordaram o militar, que estava à paisana, e fugiram após atirarem na vítima. Não há notícias se algum pertence de Cláudio Cândido foi levado. O crime ocorreu na travessa Campos Sales, na esquina com a avenida Boulevard Castilho França, área de intensa movimentação na cidade. A cena atraiu a atenção de muitos que passavam pelo local. A vítima teria sido atingida por ao menos três disparos, segundo a Polícia, e foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi acionado para remover o corpo na unida...

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d...