A pesquisa mostra que 10% dos voluntários participaram de programas desenvolvidos pelas empresas, cerca de 5,7 milhões pessoas. Estudo conclui que ações de solidariedade promovidas por empresas ajudam a comunidade e os funcionários Um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) concluiu que ações de solidariedade, promovidas por empresas, têm utilidade dupla. Além de ajuda a comunidade, elas fazem bem aos funcionários que participam. No mesmo lugar onde se ganha o salário, há espaço para o trabalho voluntário, sem nem levantar da cadeira. Jefferson Ticianelli chefia a área de tecnologia da empresa, mas quis fazer mais. À distância, pelo computador, ajuda na formação de jovens carentes e no desenvolvimento de startups. “Um ou dois meses compartilhando conhecimento, mostrando que aquela pessoa tem potencial, acho que aquilo ali gera um cidadão. E isso facilita com que a empresa engaje os funcionários para quererem fazer parte desse processo”, diz. Os funcionários podem participar de projetos voltados para educação, preservação do meio ambiente ou inclusão. E todo mundo sai ganhando. “O voluntariado corporativo não só contribui para o desenvolvimento das comunidades, desenvolvimento da sociedade, mas desenvolve também competências, habilidades para o nosso processo de desenvolvimento de talentos”, explica Elisabete Flores Pagliusi, porta-voz da Suzano. O voluntariado corporativo é destaque num estudo feito pelo Datafolha em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. A pesquisa mostra que 10% dos voluntários participaram de programas desenvolvidos pelas empresas, cerca de 5,7 milhões pessoas. Outros números da edição 2021 indicam que a solidariedade vem crescendo durante décadas: 56% da população adulta disse fazer ou já ter feito alguma atividade voluntária, bem mais do que em 2011 (25%) e do que em 2001 (apenas 18%). A coordenadora da pesquisa diz que o salto teve um fator decisivo. “Mais de 47% das pessoas passaram a se engajar por conta da pandemia. Talvez por esse olhar de tanta desigualdade, do momento de fome, de sofrimento também. E acabou sendo a motivação de maior destaque que é ajudar o outro”, afirma Silvia Naccache, coordenadora da pesquisa. A pandemia despertou o olhar para outras necessidades. Um destaque foi a atenção dada às famílias, comunidades carentes e pessoas em situação de rua. Verdadeiras redes de voluntários se formaram para ajudar. Porque, para um prato de comida chegar a quem precisa, o trabalho começa muito antes e é feito em equipe. O macarrão distribuído para quem tem fome, no centro de São Paulo, começou a ser preparado horas antes na cozinha de um restaurante na zona sul. Outros voluntários se encarregaram do transporte. “Ver crianças na rua é bem complicado. Temos mais famílias com crianças pequenas, até arrepia. Com o desemprego não conseguiram mais arcar com o aluguel e foram morar nas ruas”, afirma a diretora da Associação Mãos na Massa, Maria Catarina Teixeira. As panelas vão embora, e a gerente Antonia Vanda Silva continua seu trabalho como gerente do restaurante, mas com um sentimento que faz toda a diferença. “Toda vez que tenho que vir para cozinha para ajudar, para colaborar, é muito bom. É emocionante. Fico feliz de alguma forma estar contribuindo”, afirma.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/27/voluntariado-corporativo-ajuda-a-comunidade-e-faz-bem-aos-funcionarios-diz-estudo.ghtml
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