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Mancha Verde é bicampeã do carnaval de São Paulo

A disputa foi ponto a ponto entre quatro escolas e o resultado só veio na apuração do último quesito. A escola levou para o Sambódromo do Anhembi o enredo ‘Planeta água’. Mancha Verde é campeã do carnaval de São Paulo pela segunda vez Numa disputa ponto a ponto, entre quatro escolas de samba, a Mancha Verde acabou conquistando o bicampeonato do carnaval de São Paulo. Símbolos de fé espalhados pelas mesas no sambódromo. “É graças a Deus e meus orixás que eu estou aqui hoje representando minha escola com muita alegria e com muita fé”, disse Waleska Gomes, porta-bandeira da Acadêmicos do Tucuruvi. Depois de tanto tempo sem carnaval, as escolas do Grupo Especial estavam ansiosas para viver esse momento de novo. “Eu estou mais emocionada, mais ansiosa. Eu sou uma mulher de muita fé, menina. Você não tem noção”, conta Angelina Basílio, presidente da Rosas de Ouro. Antes de começar a leitura das notas, um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid. A apuração começou acirrada no quesito harmonia, com praticamente todas as escolas empatadas. Mas com a pontuação de mestre-sala e porta-bandeira, a classificação foi mudando. No penúltimo quesito, o samba-enredo, várias escolas apareciam empatadas na liderança como Mancha, Mocidade Alegre, Império de Casa Verde e Tom Maior. O resultado só veio mesmo no quesito final: comissão de frente. E para deixar tudo ainda mais emocionante, na leitura das notas do último jurado. A Mancha Verde é a grande campeã do carnaval de São Paulo. É a segunda vez que a escola conquista esse título. “Agradecer meu povo, minha diretoria. Agradecer o Guilherme Arantes, que liberou para que a gente usasse a música dele e fosse nosso enredo. Guilherme, obrigado, nós honramos sua música”, disse o presidente da Mancha Verde, Paulo Serdan. A Mocidade Alegre ficou em segundo lugar e a Império de Casa Verde, em terceiro. Com as notas mais baixas, a Colorado do Brás e a Vai-Vai saíram do Grupo Especial. E a Mancha Verde deixou o Anhembi chamando para comemoração do título. “Vamos para a quadra! Espero vocês”, convidou Osvaldo Luís, diretor da ala musical da agremiação vencedora. Na quadra da escola, na Zona Oeste de São Paulo, que foi enchendo aos poucos após o fim da apuração, muita gente deixou trabalho para comemorar o segundo título da escola. Durante a apuração, quem estava na quadra viveu momentos de tensão. Logo no começo, a Mancha Verde perdeu um décimo no quesito mestre sala e porta bandeira. Chegou a ter cinco escolas à frente, mas aos poucos foi subindo na tabela e conseguiu a grande virada no quesito alegoria para não sair mais da liderança e se sagrar campeã. No Grupo de Acesso, a Estrela do Terceiro Milênio foi a grande campeã, que sobe para o Grupo Especial junto com a Independente Tricolor. O enredo da Mancha Verde falou sobre água, e a escola mostrou muita garra e estratégia para fazer um desfile que encantou o sambódromo do Anhembi. A Mancha Verde foi a terceira escola a desfilar, na sexta-feira (22), primeiro dia de apresentações, e levou para o sambódromo do Anhembi o enredo "Planeta água". O começo do desfile foi tenso. O braço de uma escultura do carro abre-alas, que representava Oxum, quebrou e deu trabalho para ser recolocado, já com o cronômetro rodando. Foram sete minutos de muito esforço até a Mancha Verde entrar na pista e mostrar a força da escola da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Dali para frente, a Mancha desaguou na avenida. A fonte da vida se derramava pelo desfile da escola. A comissão de frente mostrou a lenda das águas de Oxalá. O enredo da Mancha Verde mostrou a água como elemento fundamental do ciclo da vida e da transformação dos ambientes. E, também, como o ser humano desperdiça e maltrata esse bem tão precioso. A Mancha levou a força da água, na religião, nos fenômenos naturais, no choro e na renovação.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/26/mancha-verde-e-bicampea-do-carnaval-de-sao-paulo.ghtml

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