Pular para o conteúdo principal

Descoberta arqueológica pode revelar como era vida dos primeiros moradores do Recife

Pesquisadores já encontraram 130 esqueletos, incluindo o de um bebê, onde seria construído um conjunto habitacional. Também foram encontrados vestígios de forte do século XVII, usado na luta contra invasores holandeses, e milhares de fragmentos de objetos. Descoberta arqueológica no centro histórico do Recife pode revelar como era a vida dos primeiros moradores da cidade Uma descoberta arqueológica no centro histórico da capital pernambucana pode revelar como era a vida dos primeiros moradores da cidade. A comunidade do Pilar fica na área onde o Recife nasceu, 485 anos atrás. Lá, a prefeitura construiria um conjunto habitacional e encomendou uma pesquisa arqueológica, já que o local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - o Iphan. Durante as escavações, os arqueólogos encontraram vestígios de um forte do século XVII, usado na luta contra os invasores holandeses, e milhares de fragmentos de objetos. O foco das escavações agora é um trecho do terreno que teria sido um cemitério. Os pesquisadores já encontraram 130 esqueletos. Quando a ossada está inteira, as medições podem indicar se era homem ou mulher. Até o momento, somente dois esqueletos femininos foram identificados. O achado que mais impressionou os arqueólogos até agora foi o esqueleto de um bebê. É possível ver os pezinhos e o crânio, que foi esmagado. Ele está enterrado por cima de outro esqueleto, sendo que de um adulto. Sobre o esqueleto do bebê, há o resquício de um pedaço de metal, que faria parte do caixão. De acordo com os pesquisadores, o esqueleto é de uma criança com idade de 4 a 6 meses. O crânio teria sido esmagado pela pressão do solo, e o adulto, sepultado anos antes em um nível inferior do terreno. "O bebê pode nos dar informação sobre a saúde dessa população. Cada esqueleto fornece uma série de pistas para a gente saber como as pessoas viviam. A gente estuda os mortos para entender como eles eram em vida", explica a bioarqueóloga Cláudia Cunha, da UFPI. Os arqueólogos enviaram amostras de dois esqueletos a um laboratório nos Estados Unidos para fazer a datação por radiocarbono, capaz de determinar a época da morte. Os primeiros resultados mostram que essas pessoas morreram no século XVI ou no início do XVII. O trabalho de escavação continua por pelo menos mais um ano. Os especialistas acreditam que a área total do cemitério é muito maior. As descobertas já dão a medida da importância do sítio arqueológico. “A gente sabe que essa foi uma área que foi ocupada por holandeses, onde houve batalhas durante um tempo, e que essa invasão teve uma repercussão grande na história do Brasil”, ressalta a arqueóloga Ana Nascimento.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/27/descoberta-arqueologica-pode-revelar-como-era-vida-dos-primeiros-moradores-do-recife.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d

Região de Piracicaba tem ao menos cinco cidades com ocupação total em UTIs para casos de Covid-19

Lotação ocorre em Capivari, Cosmópolis, Rio das Pedras, Santa Bárbara d'Oeste e São Pedro, segundo levantamento do governo estadual e do G1. No caso de Santa Bárbara, também não há vagas sem respirador, destinadas a casos menos graves. Movimento de profissionais de saúde na UPA do Piracicamirim, em Piracicaba Vanderlei Duarte/ EPTV A região de Piracicaba (SP) tem ao menos cinco cidades com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a casos de Covid-19 ocupados nesta terça-feira (16), segundo levantamentos do governo estadual e do G1. Rio das Pedras (SP) e São Pedro (SP) estão em uma lista de 67 cidades do estado sem vagas nas alas intensivas divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Na região de Campinas (SP), sete municípios tem UTIs lotadas. Conforme o levantamento feito pelo G1 nesta terça com base nas informações divulgadas por prefeituras da região, Capivari (SP), Cosmópolis (SP) e Santa Bárbara d'Oeste (SP) também estão com ocupação