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Strokes no Lolla: por que o show esquisito de sempre foi a atração ideal para a volta do festival


Banda encerrou 1ª noite após 2 edições canceladas com público feliz, jeito blasé e indie rock familiar que é a cara do festival. The Strokes durante show no Lollapalooza 2022 Fábio Tito/g1 Há vinte anos Julian Casablancas canta para multidões como se estivesse na sala de casa. A essa altura não dava para esperar nada diferente. O show dos Strokes no Lollapalooza 2022 foi um sinal confortante de que, apesar de tudo o que (não) vivemos nos últimos dois anos, algumas coisas continuam bem em seu lugar. O indie rock que é a cara do evento, blasé nos intervalos e potente nas músicas, encerrou a primeira noite da edição com jeito de volta pra casa após dois anos cancelados pela pandemia. Segundo a assessoria do festival, o público do primeiro dia do Lollapalooza foi de 100 mil pessoas. Talvez num ano normal daria para ironizar quem levantou o braço, abriu a mão e gritou "was an honeest maaaaan" junto com Julian Casablancas em "Hard to explain", se arrepiou com o barulho final de "New York City Cops" e até de quem sentiu falta da manjada "Last nite". Mas a polícia do sarcasmo pode tirar uma folga após dois anos de apocalipse. Strokes trouxeram na bateria a bandeira da Ucrânia neste primeiro dia do Lollapalooza 2022 Fábio Tito/g1 Dos poucos sinais que o mundo mudou havia o bumbo da bateria de Fabrizio Moretti com as cores da bandeira da Ucrânia, em vez da tradicional logo dos Strokes. No final do show, o baterista falou "fora Bolsonaro". Ele foi aplaudido e parte do público fez um coro xingando o presidente. No início do show, Julian deu o microfone para o brasileiro falar em português e ele se recusou a falar mais do que uma saudação de três palavras, mostrando que é um Strokes de coração. Só no fim ele disse a outra frase contra Bolsonaro. Uma possível tentativa de Fabrizio tocar um ritmo latino no meio do show em "Razorblade" foi tão difícil de entender quando Julian balbuciando. De resto, só não dá para dizer que foi exatamente como quinze anos atrás porque a banda voltou com repertório bem renovado. Desde aquela época eles não tinham novidades tão boas quando as cinco melhores músicas do álbum mais recente, "The new abnormal", que foram tocadas no show. Strokes encerram primeiro dia do Lollapalooza 2022 Fábio Tito/g1 Julian Casablancas é aquela coisa: balbucia e trava diálogos consigo mesmo diante da multidão entre as músicas. Não faz esforço para ganhar com populismo. São piadas internas ou zoeiras com o próprio do festival ("O que é isso, um shopping?", ele pergunta apontando para a decoração iluminada.) Mas a noite era essa mesmo: de ganhar sem esforço, só para lembrar que o ídolo esquisito de sempre ainda está entre nós. The Strokes durante show no Lollapalooza 2022 Fábio Tito/g1 Strokes encerram primeiro dia do Lollapalooza 2022 Fábio Tito/g1

Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/lollapalooza/2022/noticia/2022/03/25/strokes-no-lolla-por-que-o-show-esquisito-de-sempre-foi-a-atracao-ideal-para-a-volta-do-festival.ghtml

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