Gabriel Chaim está na capital ucraniana desde antes da invasão dos russos. Jornalista brasileiro cobre primeiro dia sem toque de recolher em Kiev O jornalista brasileiro Gabriel Chaim está em Kiev desde antes da invasão pelos russos. Ele relata como estava a capital depois de dois dias de toque de recolher. Nesta segunda-feira (28), Kiev acordou numa aparente calmaria, depois de um toque de recolher que foi imposto na última sexta-feira (25) e que só terminou nesta segunda, às 8h. “Pela manhã, eu saí na rua, tinha muitas pessoas caminhando nos arredores do centro, da capital ucraniana. Nós fomos a algumas áreas a uns 20 minutos aqui do centro. Entretanto, com muitos mais pontos de checagem, check-points impostos por militares, por milícias locais, que são esses civis que pegaram armas que estão na cidade", diz. Segundo Chaim, há uma rede de solidariedade. Civis estão armados transportam roupas, remédios, frutas — doações dos próprios ucranianos e de restaurantes que fecharam as portas. Uma moradora local diz que quem estava por lá perdeu tudo, e o que resta agora é ser voluntário, salvar a pátria, e completa: ‘Venceremos, custe o que custar’. O jornalista conta que, numa estação de trem, um estudante indiano disse que a embaixada da Índia orientou que ele tentasse chegar a alguma fronteira e que, de lá, será resgatado. Cristopher é de Camarões, mora na Ucrânia há cinco anos. Relata que amigos deixaram o país. Ele tentou pelo segundo dia pegar o trem, não conseguiu. Ele afirmou que pode ter sido vítima de racismo por parte dos policiais. "No domingo (27), depois de relatos de que alguns jovens de origem africana foram impedidos de entrar em trens, o governo da Ucrânia declarou que instruiu os guardas a permitirem a saída de todos os estrangeiros.", explica Chaim. Um jovem levou a equipe até o subsolo de um hospital para tratamento de câncer. É para lá que são levados os pacientes e moradores da vizinhança quando os bombardeios começam. "No regresso ao hotel, aproximadamente umas 18h30, aconteceram três explosões muito fortes. Aparentemente, essa calma que eu senti hoje durante o dia, deixou de existir", destaca o jornalista. A União Africana divulgou uma nota em que diz que são chocantes os relatos de tratamento desigual a africanos que tentam sair da Ucrânia ou entrar em países vizinhos. A União Africana disse que as todas as pessoas têm o direito de cruzar as fronteiras internacionais em uma guerra, independentemente de sua nacionalidade e identidade racial.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/02/28/jornalista-brasileiro-cobre-primeiro-dia-sem-toque-de-recolher-em-kiev.ghtml
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