Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, declarou que a Santa Sé está sempre pronta para facilitar as negociações entre a Rússia e a Ucrânia: ‘Eu nem me atrevo a pensar no que pode acontecer’. Vaticano declara que está sempre pronto para facilitar as negociações entre Rússia e Ucrânia A busca por um cessar fogo na Ucrânia envolve até o Papa. O mundo volta a prender a respiração. As ameaças do presidente da Rússia de usar armas nucleares fizeram o Vaticano acelerar as conversações diplomáticas de um cessar fogo. O secretário de Estado, Pietro Parolin, declarou que a Santa Sé está sempre pronta para facilitar as negociações entre a Rússia e a Ucrânia. “Eu nem me atrevo a pensar no que pode acontecer. Seria uma catástrofe de proporções gigantescas, embora, infelizmente, não seja uma eventualidade a ser completamente excluída”, diz Parolin. Ucrânia e Rússia se reúnem pela primeira vez para negociar a paz; nova reunião é marcada EUA adotam novas sanções e proíbem qualquer transação com o Banco Central da Rússia Bolsonaro insiste em discurso de neutralidade diante do ataque russo à Ucrânia O mundo já viveu algo semelhante naquele que foi considerado o pior momento da Guerra Fria. Em outubro de 1962, o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, anunciou que mísseis instalados em Cuba estavam apontados para os Estados Unidos e que de lá se aproximavam navios soviéticos, transportando ogivas nucleares para o armamento dos mísseis. Era a resposta soviética à tentativa de invasão de Cuba por cubanos contra-revolucionários comandados pelos Estados Unidos. Diante da dramática situação, o Papa João XXIII interveio. Em 25 de outubro, na Rádio Vaticana, em uma mensagem em francês, língua diplomática, o João XXIII falou aos presidentes dos dois blocos. Em um pequeno trecho, o Papa suplicou aos chefes de Estado para que não permanecessem insensíveis a aquele grito de humanidade. “Façam tudo para salvar a paz. Evitando os horrores de uma guerra para o mundo, cujas consequências brutais ninguém pode prever. Continuar a negociar tem um grande valor como testemunho para a consciência de todos e perante a história”, disse o pontífice na época. Um acordo entre os dois lados foi feito. O líder soviético Nikita Khrushchov ordenou que os navios dessem meia volta, e as duas potências concordaram em desmantelar as bases em Cuba - assim como as instalações de mísseis americanos na Turquia e na Itália. O passo dado pelo Papa pode não ter sido decisivo, mas foi importante – e só mais tarde o seu gesto foi reconhecido. Agora, Rússia e Estados Unidos se colocam em lados opostos outra vez, e a Europa faz os cálculos dos armamentos à disposição de cada país. Estima-se que a Rússia tenha 6.257 armas nucleares. É a maior potência do mundo, seguida pelos Estados Unidos, com 5.550. Depois vem a China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte. A Itália não possui e não produz bombas nucleares, mas os americanos mantém 50 bombas atômicas em duas bases aéreas no norte do país. A Itália, que até então vinha mandando para a Ucrânia só armas de defesa, não letais, nesta segunda-feira (28) autorizou o envio de misseis ao país. A Itália depende do gás russo e o primeiro-ministro, Mario Draghi, está estudando a possibilidade de racionar o gás em alguns setores da economia italiana.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/02/28/ameaca-de-putin-de-usar-armas-nucleares-faz-vaticano-se-envolver-na-busca-pelo-cessar-fogo.ghtml
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