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Projeto para tentar frear alta dos combustíveis deve reduzir apenas impostos sobre diesel, diz Lira

Após reunião com Paulo Guedes, presidente da Câmara disse que redução de impostos no álcool e na gasolina está descartada. Refis do Simples deve ser restaurado: 'ninguém queria o veto'. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (31) que a proposta elaborada pelo governo para tentar frear a alta dos combustíveis deve afetar apenas a tributação do óleo diesel. Lira se reuniu nesta segunda com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na saída, disse que o projeto a ser enviado ao Congresso pelo governo permitirá apenas reduzir tributos federais sobre o diesel. Estaria descartada, portanto, a redução de impostos sobre gasolina e álcool – e o governo ainda avalia alguma medida com relação ao gás de cozinha. "Está afastada a possibilidade do fundo [de estabilização], né. E na questão da gasolina e do álcool, aparentemente, também. Então vai focar no óleo diesel. Vamos ver que medida se toma também para o gás, porque é importantíssimo", disse. Ao longo das últimas semanas, o governo chegou a esboçar um fundo de estabilização para o preço dos combustíveis. A ideia era usar parte da arrecadação federal com os royalties do petróleo para amenizar o impacto da alta do petróleo nas importadoras – e, com isso, evitar o repasse às bombas. Nesta segunda, Lira afirmou que o fundo não será mais criado. O blog da jornalista Ana Flor no g1 já havia antecipado a avaliação do Executivo de que o governo não teria recursos suficientes para amenizar a alta do dólar e do petróleo nos próximos meses. Outra medida que chegou a ser aventada pelo Planalto foi a redução do ICMS, tributo cobrado pelos estados sobre os combustíveis. Porém, segundo Lira, agora a construção da proposta envolve apenas tributos federais. “A nossa conversa aqui [com Paulo Guedes] basicamente foi a nível de impostos federais”, disse Lira. “Aqui as discussões [se concentram] de maneira bem ampla nos impostos federais, do que o governo pode fazer”, complementou. Valdo Cruz: 'PEC dos combustíveis é um tema urgente, mas não tem consenso no Governo e Congresso' Renúncia fiscal sem compensação O custo da medida aos cofres públicos é estimado em R$ 18 bilhões por ano. Porém, a redução dos tributos federais sobre o diesel não deve vir acompanhada de uma compensação exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – seja a elevação de outros impostos ou o corte de outra despesa do governo federal. Para evitar descumprir a LRF, o governo deve reduzir os tributos sobre o diesel de forma temporária – a exigência legal se aplica apenas às despesas permanentes. Com a desidratação do projeto para aliviar a alta dos combustíveis, o governo deve enviar a proposta ao Congresso por meio de um projeto de lei complementar – e não mais uma proposta de Emenda à Constituição (PEC), conforme o previsto anteriormente. Refis do Simples Ainda, o presidente da Câmara afirmou que o Congresso deve derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro que impediu a criação do programa para renegociação de dívidas tributárias de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte enquadrados no Simples Nacional. Quando sancionou o projeto aprovado pelo Congresso no início de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o programa de renegociação de dívidas. A justificativa para o veto, publicada no “Diário Oficial da União”, foi que a lei instituiria um benefício fiscal com renúncia de receitas sem estabelecer uma compensação. “Ninguém queria o veto. A Economia não queria o veto, a AGU [Advocacia-Geral da União] não queria o veto, o Executivo não queria o veto. Questões técnicas levaram a isso”, afirmou Lira. “Ou se encontra uma solução, ou, claro, o veto será derrubado”. Ana Flor: Com apoio da área econômica, governo quer recuar de veto para Refis do Simples

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/01/31/projeto-para-tentar-frear-alta-dos-combustiveis-vai-reduzir-apenas-impostos-sobre-diesel-diz-lira.ghtml

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