Pular para o conteúdo principal

Empresas americanas têm dificuldades para preencher vagas

País tem 11 milhões de vagas abertas, mas ainda são 7,5 milhões de desempregados, que estão esperando por empregos que paguem mais. Empresas americanas têm dificuldades para preencher vagas Nos Estados Unidos, as empresas estão com dificuldades para preencher os postos de trabalho. Os trabalhadores estão esperando por empregos que paguem mais. “Nós precisamos de você”. “Contrata-se”. Esse tipo de anúncio pode ser encontrado em todo lado em Nova York. Em empresas de todo tipo, até naquelas especializadas em caipirinha, picanha e brigadeiro. “Não vem ninguém procurar trabalho”, reclama Geraldo, que é gerente de um restaurante brasileiro em Nova York. “Eu já liguei para a agência duas vezes pedindo gente e nunca mandaram uma pessoa. Outros restaurantes não conseguem abrir cinco dias ou seis dias porque não tem gente suficiente”, afirma Em todos os Estados Unidos são 11 milhões de vagas abertas. Por outro lado, 7,5 milhões de pessoas continuam desempregadas. Os economistas olham com espanto para essa situação, que estão chamando de "a revolta do trabalhador americano" Aos 29 anos, o americano Rico sonha brilhar em Hollywood. Antes da pandemia, dava expediente também como garçom para pagar o aluguel caríssimo de Nova York. Para ele, um trabalho assim pode ser massacrante. “Eu sentia falta de ter mais energia para colocar na minha carreira de ator”, disse. Até pouco tempo ele recebia o auxílio emergencial do governo americano, US$ 1,4 mil por mês. E conta que assim conseguiu guardar dinheiro. Não foi só ele. Nunca os americanos tiveram tanto dinheiro na poupança, em grande parte por causa do auxílio emergencial. Rico resolveu mudar. Abriu o próprio negócio. Hoje em dia, para complementar a renda, ele dá aulas de canto pela internet. E não pensa mais em voltar a servir mesas. O economista Giacomo Santangelo, da Fordham University, disse ao Jornal Nacional que muitos jovens estão decidindo, por exemplo, que querem trabalhar de casa e não mais ir para um escritório. Ou que querem salários melhores. A poupança deu ao trabalhador poder de barganha. Mas Santangelo acredita que isso terá um reflexo na economia. “Os americanos não conhecem, tão bem quanto a gente, o impacto da inflação. E nesse último ano os preços aumentaram 6,8% para o consumidor. Recorde dos últimos 40 anos”, explica. O índice foi puxado principalmente pela alta no preço dos combustíveis, a crise na falta de matéria-prima, alta dos aluguéis. A demanda por salários maiores, segundo Santangelo, vai agravar o problema. Na opinião dele, o empresário vai repassar o aumento de custo dos salários ao consumidor. O economista defende que a procura por um salário maior é uma ilusão. “Você vai conseguir um salário 5% maior, mas a inflação é de 6%? Você está perdendo poder de compra, no fim das contas”, ressalta Giacomo Santangelo. A Casa Branca diz que a inflação é passageira. Um desajuste de uma economia que estava parada durante a pandemia e acelerou rápido demais. O próprio presidente Joe Biden afirma que a solução para que as empresas consigam contratar é pagar mais aos funcionários Milhões de americanos com mais de 55 anos também resolveram se aposentar. Pressionadas, grandes empresas oferecem bônus, salários maiores, mais flexibilidade. Enquanto isso, quem está empregado está trabalhando como nunca. “Vamos dizer que o trabalho duplicou. Antes da pandemia, você tinha uma hora de almoço. Mas hoje em dia você senta, almoça, terminou, vamos levantar porque tem trabalho para fazer”, compara o gerente brasileiro. Isso aumenta a insatisfação. Hoje, mais 4 milhões de pessoas estão pedindo demissão por mês nos Estados Unidos. Antes da pandemia, a média eram 500 mil pedidos a menos mensalmente. Mas o Geraldo encara o furacão com a inexplicável leveza de ser brasileiro. ”É aquele velho ditado: cobra o escanteio e faz o gol de cabeça”, brinca.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/12/28/empresas-americanas-tem-dificuldades-para-preencher-vagas.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ameca, o robô humanoide que impressiona por semelhança com humanos; vídeo

Imagem do robô "acordando para a vida" revelada esta semana viralizou e chama a atenção pelo realismo das expressões. Modelo servirá como base de teste para inteligência artificial e terá conexão em nuvem. Ameca: veja o robô realista que parece humano Seu nome é Ameca. Ele é o novo robô da empresa britânica Engineered Arts, especializada em máquinas humanoides. Sua extrema semelhança com seres humanos acabou chamando atenção de internautas nas redes sociais. A imagem do robô "acordando para a vida" revelada esta semana viralizou deixando muita gente impressionada, e outros "assustados". Seu lançamento oficial será na próxima Consumer Electronics Show (CES) 2022, mas alguns detalhes do modelo já foram divulgados pela fabricante. Em seu anúncio, a empresa afirmou que "Ameca é o robô em forma humana mais avançado do mundo". Seus criadores dizem que ele pode servir de plataforma para o desenvolvimento de futuras tecnologias robóticas. SAIBA MAIS Xen...

Em Rio Branco, 700 crianças carentes recebem kit escolar de projeto solidário para início do ano letivo

Crianças são de 13 comunidades carentes da capital acreana e estavam cadastradas no Projeto Olhar Diferente. Recurso saiu de bazar realizado pelo cantor Wesley Safadão, em 2020, e doado para projetos carentes do Brasil. Crianças ganharam kit com material escolar para iniciar as aulas do ano letivo Arquivo/Projeto Olhar Diferente Setecentas crianças carentes de Rio Branco estão sendo beneficiadas com um kit escolar para início do ano letivo, previsto para começar em maio. O material foi comprado pelo Projeto Olhar Diferente por meio de doações e vai alcançar 13 comunidades carentes da capital acreana. As entregas começaram na quinta-feira (29), seguem nesta sexta (30), e devem terminar no sábado (1º). As crianças têm entre 5 a 12 anos do ensino infantil e fundamental e foram cadastradas pelo projeto antecipadamente. Os kits são compostos por: caderno espiral ou brochura, borracha, lápis, apontador, cola, tesoura, agenda, lápis de cor, copo plástico (para os menores), mochila com estojo...

Tenente da aeronáutica é assassinado ao reagir a assalto no centro comercial de Belém

Crime foi na travessa Campos Sales, à luz do dia. Tenente da aeronáutica é assassinado no centro comercial de Belém. Reprodução Um tenente da aeronáutica, identificado como Cláudio Alexandre Cândido, morreu após tentar reagir a um assalto no centro comercial de Belém, na tarde desta terça (14). Segundo informações da Polícia, dois criminosos armados que estavam em uma motocicleta abordaram o militar, que estava à paisana, e fugiram após atirarem na vítima. Não há notícias se algum pertence de Cláudio Cândido foi levado. O crime ocorreu na travessa Campos Sales, na esquina com a avenida Boulevard Castilho França, área de intensa movimentação na cidade. A cena atraiu a atenção de muitos que passavam pelo local. A vítima teria sido atingida por ao menos três disparos, segundo a Polícia, e foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi acionado para remover o corpo na unida...