Pular para o conteúdo principal

Digitais, genética forense e laudos: Como o IGP identificou 19 pessoas na cena do assalto ao banco de Criciúma


Ação criminosa começou por volta das 23h50 de 30 de novembro do ano passado e terminou duas horas depois, já na madrugada de 1º de dezembro. Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma, em Santa Catarina, no início desta terça-feira, 1º de dezembro Guilherme Hahn/Ishoot/Estadão Conteúdo O trabalho de perícia para identificar os criminosos que realizaram o maior assalto a banco em Santa Catarina ao cercar a cidade de Criciúma, no Sul, há um ano, revelou nomes de 19 pessoas na cena do crime. Os resultados foram obtidos a partir de impressões digitais, investigações genéticas e produção de mais de 60 laudos pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). A ação começou por volta das 23h50 de 30 de novembro do ano passado e terminou duas horas depois, já na madrugada de 1º de dezembro, com os criminosos levando cerca de R$ 125 milhões da tesouraria do banco, localizada na região central da cidade. Dos identificados, 15 foram através do chamado 'Confronto Papiloscópico', que coleta impressões digitais nas cenas dos crimes, segundo o IGP. A perícia também chegou ao nome de outros quatro envolvidos após realizar exames de 'Genética Forense', que compara vestígios e objetos deixados na cena do crime com os dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos. No dia do assalto, os peritos também recolheram sangue encontrado em carro abandonado pelos assaltantes em Nova Veneza, na mesma região. A Polícia Civil, no entanto, que indiciou 18 pessoas após o roubo, informou que o total de identificados pelo IGP pode não corresponder ao número de envolvidos no crime. "Muitas vezes são identificadas digitais nas cenas do crime de pessoas que não têm relação alguma com a autoria do crime. A 19ª pessoa não é uma das suspeitas pela autoria do assalto", informou o delegado Anselmo Cruz, responsável pela investigação do caso. Ao longo de um ano, o IGP emitiu 65 laudos relacionados ao caso, nas áreas da criminalística e medicina legal. Além das coletas biológicas, o instituto realizou exames de disparo de arma de fogo, identificação de adulteração de veículo. Foram feitas ainda análises em equipamentos eletrônicos e documentos. Carros apreendidos foram usados pelos criminosos para fuga após o assalto em Criciúma, segundo polícia Diorgenes Pandini/NSC Assalto em Minas Gerais Em 31 de outubro, 26 suspeitos de assaltos de banco foram mortos em Varginha (MG). Segundo a Polícia Civil daquele Estado, há suspeita do envolvimento deles com o caso em Criciúma. Amostras de DNA coletadas no local podem confirmar se os suspeitos estiveram no Sul catarinense. Questionado sobre a relação entre os mortos e os assaltantes que atacaram Criciúma, o delegado Anselmo Cruz descartou qualquer ligação até o momento: Com relação à Varginha, até o momento, não há nenhum dado que comprove relação com o roubo de Criciúma. Inclusive a maioria dos mortos de lá em confronto eram de Minas Gerais mesmo, disse o delegado. As investigações continuam em sigilo. Bandidos fortemente armados assaltaram uma agência do Banco do Brasil no centro de Criciúma, em Santa Catarina na madrugada desta terça-feira (1º) Fernando Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo Investigações Atualmente, há duas investigações sigilosas já em curso na Justiça catarinense sobre o caso. Uma delas, resultou em denúncia do Ministério Público de Santa Catarina contra 16 suspeitos por organização criminosa. A outra fez 12 homens virarem réus (dez deles já citados no primeiro inquérito) pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio. No total, 10 estão presos e dois foragidos. No início do mês, seis acusados no primeiro processo criminal receberam liberdade provisória. Aos investigados, houve a imposição de medidas cautelares diversas da prisão. Assalto a banco em Criciúma ocorreu em 2020 e as investigações seguem em andamento Diorgenes Pandini/ NSC Munições No assalto, cerca de 30 homens com armas de grosso calibre cercaram a área central da cidade, provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos e fizeram disparos para todas as direções. Também foram feitos reféns durante a ação (assista ao vídeo abaixo). VÍDEO: Imagens mostram momento de tiroteio em Criciúma, SC Logo após a ação, o IGP recolheu dezenas de cartuchos de munições e explosivos deixados pelo grupo no chão. Procurado pelo pelo g1 SC, o órgão informou que não passa a quantidade de objetos recolhidos. A reportagem também procurou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma, que faz parte da força-tarefa designada para acompanhar o assalto, que informou que não foi identificada a origem das armas e explosivos usados no assalto. Policiais em frente ao banco, alvo de ataque criminosos em Criciúma Diorgenes Pandini/ NSC Munição usada pelos criminosos durante assalto em Criciúma Reprodução/ NSC TV VÍDEOS: veja momentos do assalto em Criciúma Veja mais notícias do estado no g1 SC

Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2021/12/01/digitais-genetica-forense-e-laudos-como-o-igp-identificou-19-pessoas-na-cena-do-assalto-ao-banco-de-criciuma.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part...

Tenente da aeronáutica é assassinado ao reagir a assalto no centro comercial de Belém

Crime foi na travessa Campos Sales, à luz do dia. Tenente da aeronáutica é assassinado no centro comercial de Belém. Reprodução Um tenente da aeronáutica, identificado como Cláudio Alexandre Cândido, morreu após tentar reagir a um assalto no centro comercial de Belém, na tarde desta terça (14). Segundo informações da Polícia, dois criminosos armados que estavam em uma motocicleta abordaram o militar, que estava à paisana, e fugiram após atirarem na vítima. Não há notícias se algum pertence de Cláudio Cândido foi levado. O crime ocorreu na travessa Campos Sales, na esquina com a avenida Boulevard Castilho França, área de intensa movimentação na cidade. A cena atraiu a atenção de muitos que passavam pelo local. A vítima teria sido atingida por ao menos três disparos, segundo a Polícia, e foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi acionado para remover o corpo na unida...

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d...