Pular para o conteúdo principal

De crianças que somem a jovem que vira serpente, cemitério tradicional em Fortaleza reúne histórias que ainda intrigam funcionários e visitantes


Uma das histórias mais conhecidas é a 'Mulher-serpente' que sai do túmulo para tomar banho de mar. Outra é a de um coveiro que viu duas crianças brincando enquanto ele trabalhava no local. Cemitério São João Batista, no Centro de Fortaleza. Marina Alves/Sistema Verdes Mares Crianças brincando em meio aos jazigos, túmulo envolto a correntes e até mesmo aparições misteriosas. Em 155 anos desde que começou a funcionar, o Cemitério São João Batista, no Centro de Fortaleza, guarda as histórias de centenas de pessoas enterradas na capital cearense, mas também é espaço para relatos de narrativas ainda sem explicação para funcionários e frequentadores. A descoberta do túmulo de Dragão do Mar, jangadeiro cearense que ajudou a derrubar a escravidão no Brasil Feriado de Finados: veja o que abre e o que fecha em Fortaleza em 2 de novembro Uma das histórias mais conhecidas do local foi vivenciada pelo coveiro Luisinho, que já não trabalha mais no cemitério. Quem conta é Marlene Sousa, funcionária da Santa Casa de Misericórdia e que presta serviços na secretaria do cemitério há mais de 40 anos. Certo dia, Luisinho trabalhava no fim da tarde, aguando plantas e limpando os túmulos, quando ouviu o barulho de crianças brincando. "Muitas vezes o Luisinho dormia aqui dentro. O portão fechava sempre às seis horas e não entrava mais ninguém. Aí ele viu umas crianças brincando. Duas crianças fantasiadas de carnaval. E ele se perguntou como essas crianças haviam conseguido entrar ali em uma hora tão tarde. Ele resolveu fazer medo nas crianças, mas de repente não ouviu mais barulho, tudo ficou em silêncio e ele não viu mais as crianças. Aí se levantou e correu para ver se alguém ia saindo e não tinha entrado ninguém". Marlene confia no relato do colega e não duvida do que ele lhe contou. "História verdadeira, pois ele era um homem sério. E dizia que nunca tinha visto algo assim após ter trabalhado vários anos aqui", conta. Coveiro trabalhava limpando os túmulos quando viu crianças brincando fantasiadas. Depois percebeu que não haviam nada no lugar. Gioras Xerez/Sistema Verdes Mares 'Quando eu era viva' Outra lenda que ronda o cemitério é a da suposta aparição de uma mulher que confessou a um visitante do cemitério que também tinha medo de assombrações, mas quando ainda era viva. Segundo Marlene, um homem visitava o local todas as segundas-feiras. Em determinado dia, ele chegou já perto do horário de fechamento do cemitério, mas pediu ao porteiro que o deixasse entrar. "Aí o porteiro o deixou entrar. E ele com medo, pois já era tarde. Correu e quando chegou lá na frente viu uma senhora. Ele chegou perto dela, porque não queria ficar só no cemitério já perto da noite. Aí chegou perto dela e disse: 'Ainda bem que a senhora está aqui, porque eu morro de medo de alma'. Aí ela disse: 'quando eu era viva, eu também tinha'". A mulher-serpente Uma outra história conhecida fala de um túmulo que por muito tempo esteve envolto em correntes. Ângelo Martins, que tem um pequeno quiosque ao lado do cemitério, conta que o túmulo, localizado no 1º plano do cemitério, pertence a uma jovem que morreu no século XIX. Mesmo com as correntes de ferro maciço ao redor do mausoléu, a jovem conseguia sair do túmulo em forma de serpente e saía do cemitério para tomar banho de mar à noite, já que o local é próximo à orla marítima de Fortaleza. "Estou aqui diariamente e escuto muitas histórias sobre o cemitério. E uma delas me chama atenção. É um túmulo de uma moça que esse túmulo é todo acorrentado. Diz a lenda, que não acredito nesta história, que de madrugada uma moça vira serpente, sai do túmulo e vai tomar banho de mar", diz Ângelo. Cemitério São João Batista foi construído em 1866 e é cercado de várias lendas. Gioras Xerez/Sistema Verdes Mares Assista às notícias do Ceará no g1 em 1 Minuto:

Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/31/de-criancas-que-somem-a-jovem-que-vira-serpente-cemiterio-tradicional-em-fortaleza-reune-historias-que-ainda-intrigam-funcionarios-e-visitantes.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

Após susto, cirurgia e orações, 'Diabão' do litoral de SP revela origem do nome

Michel Praddo, de 46 anos, conta que o apelido surgiu após ele ser 'repreendido em nome de Jesus' por uma mulher em Praia Grande. 'Diabão' relatou na web como surgiu nome pelo qual ficou conhecido Reprodução/Redes Sociais Michel Praddo, de 47 anos, conhecido como 'Diabão', revelou nas redes sociais a origem do nome pelo qual ficou conhecido. Segundo o morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, o apelido surgiu após ele ser "repreendido em nome de Jesus" por uma mulher. Depois de passar por complicações recorrentes de uma abdominoplastia, precisando ficar internado por um período, ele relembrou a história ao G1 nesta segunda-feira (12). Segundo Michel, há cerca de cinco anos, quando ele de fato começou a maior parte das modificações corporais, ele estava próximo a um estúdio de tatuagem quando viu um idoso machucado, perto de um ponto de ônibus. Na ocasião, ele estava sozinho. Para ajudar, ele deu carona ao homem de bicicleta, até uma unidade de

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d