Pular para o conteúdo principal

Cacique Xokleng destaca a importância da demarcação indígena: 'A terra é a nossa vida'


Povo indígena, que vive no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, está no centro da discussão que está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que é chamada de marco temporal. Indígenas relatam 200 anos de resistência no local. Cacique Xokleng destaca a importância da demarcação indígena O povo indígena Xokleng está no centro da discussão que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar na semana passada. A Corte vai decidir se a terra indígena Ibirama La-Klãnõ, habitada pelos Xokleng e por outros dois povos, deve ou não abranger áreas pleiteadas pelo governo de Santa Catarina e por proprietários rurais. O que é o marco temporal sobre terras indígenas: entenda o que está em jogo no julgamento do STF Indígenas decidem ficar acampados em Brasília até 2 de setembro Para Lázaro Camlem, cacique Xokleng, a discussão vai muito além da luta e do direito à terra. “É da terra que nós tiramos nosso alimento para comer. A terra é a nossa vida, é tudo para nós. É a nossa mãe, nosso pai”, diz. Para Lázaro Camlem, cacique Xokleng, a discussão sobre demarcação indígena vai muito além da luta e do direito à terra Profissão Repórter O Profissão Repórter desta terça-feira (31) mostrou a luta de indígenas pela demarcação de terras. Poucos mais de 3 mil Xoklengs vivem na Ibirama La-Klãnõ, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. A área delimitada da terra indígena é de 14 mil hectares. Mas os Xoklengs lutam na Justiça para provar que os seus antepassados viviam em uma área muito maior: 37 mil hectares. A área de 23 mil hectares reivindicada pelos Xoklengs é explorada por fazendeiros e madeireiros desde a década de 1960. O STF voltou a avaliar o processo na última quinta-feira (26). Os ministros vão decidir se a terra indígena habitada pelos Xoklengs poderá incorporar áreas reinvindicadas pelo governo do estado e por ruralistas. Poucos mais de 3 mil Xoklengs vivem na Ibirama La-Klãnõ, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina Profissão Repórter Os ruralistas defendem o chamado marco temporal, tese que só daria direito à terra aos indígenas que já estivessem nela na data de promulgação da Constituição de 1988. 
 Em nota enviada ao Profissão Repórter, a Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina (PGE/SC), disse que “busca dar segurança jurídica a toda e qualquer pessoa que convive com o risco de perder sua propriedade ou moradia sob o pretexto de o local ter sido, em passado remoto, uma área indígena.” Quatro mil anos atrás
 Achados arqueológicos no oeste do estado de Santa Catarina provam que a etnia Xokleng tem mais de 4.600 anos. “Assim que o estado de Santa Catarina começou a ser colonizado, os Xoklengs começaram a sofrer massacres. A gente tem um cálculo de 200 anos de resistência, de massacre. Conseguir sobreviver a arma de fogo, facão, é ser resistente”, diz professor Xokleng Osias Tukun Paté. Mesmo com o histórico de resistência, o professor estima que o número de indígenas da etnia vem diminuindo ao longo do tempo. “Em 1.914 nós éramos aproximadamente 10 mil pessoas. Hoje somos 3.200 pessoas”, conta. Assista à reportagem completa abaixo: Povo indígena Xokleng luta na Justiça por demarcação de terras

Fonte: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2021/09/01/cacique-xokleng-destaca-a-importancia-da-demarcacao-indigena-a-terra-e-a-nossa-vida.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part...

Tenente da aeronáutica é assassinado ao reagir a assalto no centro comercial de Belém

Crime foi na travessa Campos Sales, à luz do dia. Tenente da aeronáutica é assassinado no centro comercial de Belém. Reprodução Um tenente da aeronáutica, identificado como Cláudio Alexandre Cândido, morreu após tentar reagir a um assalto no centro comercial de Belém, na tarde desta terça (14). Segundo informações da Polícia, dois criminosos armados que estavam em uma motocicleta abordaram o militar, que estava à paisana, e fugiram após atirarem na vítima. Não há notícias se algum pertence de Cláudio Cândido foi levado. O crime ocorreu na travessa Campos Sales, na esquina com a avenida Boulevard Castilho França, área de intensa movimentação na cidade. A cena atraiu a atenção de muitos que passavam pelo local. A vítima teria sido atingida por ao menos três disparos, segundo a Polícia, e foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi acionado para remover o corpo na unida...

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d...