Pular para o conteúdo principal

Profissão Repórter mostra famílias que tentam se reestruturar após perdas de parentes para a Covid-19


Programa visita pessoas que tiveram a vida alterada com as mortes causadas pela doença, que já matou mais de 500 mil no país. Profissão: Repórter - 29/06/2021 O Profissão Repórter desta terça-feira (29) mostrou famílias que precisaram se reestruturar após a perda de entes para o coronavírus. Desde março de 2020, milhares de famílias sofrem com perdas inestimáveis de parentes e amigos para a Covid-19. Ao mesmo tempo em que o avanço da vacinação traz novas esperanças, regiões que sofrem com a extrema desigualdade social seguem na luta diária contra as consequências da pandemia. Caco Barcellos conversa com família após enterro da filha, em São Paulo Reprodução/Profissão Repórter Caco Barcellos fez um "censo informal" em Sapopemba, o bairro mais afetado pela Covid-19 em São Paulo. Desde o início da pandemia foram quase mil mortos. Num raio de cem metros, Caco mostrou quatro histórias de perdas na vizinhança. Nesta região na capital paulista vem crescendo o número de adultos jovens que morreram por causa da doença. Em 2020, Sapopemba registrou sete mortes de moradores com idade entre 30 e 39 anos. De janeiro a junho deste ano já são 22 mortes nesta faixa etária. Entre 40 e 49 anos anos, foram 31 mortes no ano passado. Nos 6 primeiros meses de 2021, já são 47. Bairro Sapopemba, em São Paulo, tem o maior número de mortes por Covid-19 da capital paulista Reprodução/Profissão Repórter A repórter Eliane Scardovelli mostrou a rotina de jovens e adolescentes brasileiros que perderam os pais vítimas da Covid-19 e que sofreram grandes transformações em suas vidas. Enderson Santos Silva perdeu o pai, que sustentava a família. Agora, aos 16 anos, ele cuida o dia inteiro dos dois irmãos mais novos porque a mãe tem que sair para trabalhar. Os três meninos pararam de estudar. Enderson faz comida e organiza a casa para ajudar a mãe, depois da morte do pai Reprodução/Profissão Repórter Sandy Ariadne Borges de Victor tem 21 anos e quatro filhos pequenos. A mãe dela morreu de coronavírus dez dias depois que o mais novo nasceu. Agora, ela também tem que cuidar do irmão de 9 anos e abrigar o de 18. Desempregada e com aluguel para pagar, Sandy se desdobra para manter a família vendendo bolos pela vizinhança: "O que eu planejava para o meu futuro acabou. Agora, apenas sobrevivo." Sandy se desdobra para cuidar dos filhos, dos irmãos e para pagar as contas da casa Reprodução/Profissão Repórter Em janeiro deste ano, a equipe do Profissão Repórter esteve em Manaus e acompanhou os momentos mais críticos da crise de oxigênio durante o pico da pandemia no Amazonas. Cinco meses depois, a repórter Nathalia Tavolieri e o técnico Rafael Maciel retornaram à cidade para contar histórias de famílias com crianças que perderam os pais na pandemia. O número de moradores na casa da farmacêutica Andrea Monteiro dobrou de três para seis. Ela e o marido passaram a cuidar das sobrinhas pequenas que perderam o pai, a mãe e o avô, todos vítimas do coronavírus. Para ajudar Andrea, que trabalha fora o dia todo, Dona Fátima — avó das crianças, que perdeu a filha, o genro e o marido — também se mudou para a mesma casa. O número de moradores na casa da farmacêutica Andrea Monteiro dobrou de três para seis Reprodução/Profissão Repórter A voluntária Glauce Galucio, criadora do projeto "Eu amo meu próximo", identificou o alto número de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade financeira que perderam os pais na pandemia. Glauce ajuda 175 órfãos na região metropolitana de Manaus. Uma das famílias beneficiadas é a da idosa Maria Alice Gentil, moradora de Purupuru, que passou a cuidar dos três netos depois que eles perderam a mãe no fim de janeiro. "Sempre achei que fosse morrer logo e meus filhos iam ficar. Nunca pensei em ficar com quatro netos para criar. Minha maior preocupação é não poder criar eles. Porque a gente não sabe até aquando a gente vai viver”, diz Maria Alice Gentil. Glauce Galucio conversa com Maria Alice Gentil, que passou a cuidar dos três netos Reprodução/Profissão Repórter A equipe também acompanhou a rotina de Evandro, que perdeu a mulher, Camila. Ela estava grávida de 7 meses quando morreu de Covid-19. Cinco meses depois de perder a mulher, ele ainda tem dificuldades de celebrar o nascimento da filha, Hadassa, que está sob os cuidados da irmã dele. “Sinto muita falta da minha esposa. Porque meu braço-direito era ela”, lamenta Evandro. Evandro perdeu a mulher Camila, que estava grávida de 7 meses quando morreu de Covid Reprodução/Profissão Repórter

Fonte: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2021/06/30/profissao-reporter-mostra-familias-que-tentam-se-reestruturar-apos-perdas-de-parentes-para-a-covid-19.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d

Região de Piracicaba tem ao menos cinco cidades com ocupação total em UTIs para casos de Covid-19

Lotação ocorre em Capivari, Cosmópolis, Rio das Pedras, Santa Bárbara d'Oeste e São Pedro, segundo levantamento do governo estadual e do G1. No caso de Santa Bárbara, também não há vagas sem respirador, destinadas a casos menos graves. Movimento de profissionais de saúde na UPA do Piracicamirim, em Piracicaba Vanderlei Duarte/ EPTV A região de Piracicaba (SP) tem ao menos cinco cidades com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a casos de Covid-19 ocupados nesta terça-feira (16), segundo levantamentos do governo estadual e do G1. Rio das Pedras (SP) e São Pedro (SP) estão em uma lista de 67 cidades do estado sem vagas nas alas intensivas divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Na região de Campinas (SP), sete municípios tem UTIs lotadas. Conforme o levantamento feito pelo G1 nesta terça com base nas informações divulgadas por prefeituras da região, Capivari (SP), Cosmópolis (SP) e Santa Bárbara d'Oeste (SP) também estão com ocupação