Dona Maria Alice e Seu Antônio, que ampliaram a casa para receber os netos, dependem de doações para alimentar a família. Avós passam a cuidar dos netos após morte da filha por Covid: ‘Preocupação é não poder criar’ O Profissão Repórter desta terça-feira (29) mostrou famílias que precisaram se reestruturar após a perda de entes para o coronavírus. Como a dona de casa Maria Alice Gentil e o marido, Seu Antônio, que perderam a filha para a Covid. O casal, que mora na comunidade de Purupuru, em Manaus, ampliou a casa para receber os quatro netos. Antes de a filha morrer, Dona Maria Alice quase não via os netos. “Passava anos sem ver eles”, conta. A primeira noite dela com as crianças não foi fácil: “Eles me enxotavam, eles me mandaram ir embora”, lembra. O maior medo de Dona Maria Alice é não conseguir criar os netos. “Sempre achei que fosse morrer logo e meus filhos iam ficar. Nunca pensei em ficar com quatro netos para criar. Minha maior preocupação é não poder criar eles. Porque a gente não sabe até quando a gente vai viver”, diz. Maria Alice Gentil e o marido, Seu Antônio, que perderam a filha para a Covid Profissão Repórter/ Reprodução Como o número de moradores da casa mais que dobrou, Dona Maria Alice e Seu Antônio dependem de doações como as do projeto Eu Amo Meu Próximo para alimentar os netos. “O projeto surgiu em meio a segunda onda da pandemia, quando o número de mortos e de crianças que ficaram órfãs foi muito grande no estado do Amazonas. Atualmente, nós estamos com 175 crianças e adolescentes órfãos cadastrados conosco e recebendo ajuda mensal”, explica Glauce Galucio, criadora do projeto. Seu Antônio com o neto Profissão Repórter/ Reprodução Maria Alice Gentil, que perdeu a filha para a Covid, cuida do neto Profissão Repórter/ Reprodução
Fonte: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2021/06/30/avos-passam-a-cuidar-dos-netos-apos-morte-da-filha-por-covid-preocupacao-e-nao-poder-criar.ghtml
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