Empresa investigada por fraudes em Altamira tem atividades suspensas e R$10,4 milhões de bens bloqueados
Arapujá Construções e Serviços Ltda foi um dos alvos da operação Prenúncio, que chegou a prender o então prefeito Domingos Juvenil em novembro de 2020. A empresa Arapujá Construções e Serviços Ltda teve atividades parcialmente suspensas e indisponibilidade de bens no valor de R$10.409.562,82 decretadas pela Justiça, em ação civil pública da Promotoria de Justiça de Altamira, no sudoeste do Pará. A empresa foi um dos alvos da Operação Prenúncio, deflagrada pelo Ministério Público do Pará (MPPA) e Polícia Federal (PF) em novembro de 2020, e que chegou a prender o então prefeito Domingos Juvenil (MDB), em investigação de fraudes em licitações que deixaram dano ao erário superior a R$11 milhões. O G1 tenta contato com a empresa, mas ainda não obteve retorno. R$421 mil apreendidos em gabinete de ex-prefeito de Altamira serão usados para compra de ambulâncias, decide Justiça. Operação Prenúncio apura improbidade administrativa e fraude em licitações, com indícios de superfaturamento em Altamira TV Liberal Segundo o MPPA, a ação foi ajuizada citando ainda agentes públicos e particulares envolvidos nas supostas fraudes. Já a ação de responsabilização contra a empresa Arapujá foi proposta em razão da prática de ato lesivo contra a administração pública, de acordo com a Lei n° 12.846/13 - a chamada lei Anticorrupção. O órgão informou que o ato de improbidade administrativa teria ocorrido em licitações, contratações e pagamentos realizados em benefício da empresa, por parte do Município de Altamira. Após análise da documentação apresentada pela Arapujá e prefeitura e outros documentos, "ficou demonstrado que todas as contratações envolvendo a empresa no município, nos últimos anos, foram direcionadas por intermédio de procedimentos licitatórios supostamente fraudados". De acordo com as provas colhidas, a "empresa foi criada nos anos 2000 para desviar verbas públicas durante os mandados do então prefeito Domingos Juvenil Nunes de Sousa, sendo supostamente de fachada, sem estrutura material e humana suficientes para prestação dos serviços contratados, que foram remunerados com altos valores em dinheiro pela municipalidade". Doze irregularidades foram detectadas em quatro licitações e contratos firmados entre a Arapujá e o Município de ALtamira. Segundo o MP, elas foram montadas, arranjadas e produzidas unicamente para justificar a contratação da empresa. De acordo com a decisão, “o conjunto probatório (...) leva a concluir pelo desvirtuamento do interesse público em prol de interesses estritamente privados da empresa requerida e de agentes públicos do município de Altamira, em especial, visando beneficiar o ex-prefeito Domingos Juvenil e seu amigo e aliado político Esmeraldo da Costa”. Ainda na decisão, a Justiça determinou que, até o julgamento final da ação, esteja suspensa parcialmente atividades da empresa com o poder público, cancelando todos os contratos em andamento celebrados, e também todo e qualquer pagamento, e proibição de celebrar qualquer contrato administrativo. A empresa também fica proibida de participar de qualquer certame público da administração direta e indireta municipal, estadual e federal. A multa foi fixada em R$ 25 mil por cada ato de descumprimento, em detrimento da empresa e de seus sócios Esmeraldo Gomes da Costa e Greycy Kelle Gonçalves Gomes.
Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2021/05/31/empresa-investigada-por-fraudes-em-altamira-tem-atividades-suspensas-e-r104-milhoes-de-bens-bloqueados.ghtml
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