Pelo menos dez estados e o Distrito Federal já adotaram restrições para tentar evitar o colapso do sistema de saúde. Estados e municípios adotam novas medidas diante do avanço do coronavírus no Brasil Pelo menos dez estados e o Distrito Federal já adotaram restrições para tentar evitar o colapso do sistema de saúde. Em dois dias, o governador Ibaneis Rocha, do MDB, mudou as restrições três vezes. Era para ser toque de recolher. Passou a ser lockdown, a partir de 00h de domingo, com o fechamento de todas as atividades e estabelecimentos comerciais e industriais. O decreto listava atividades essenciais permitidas a abrir, como mercados, farmácias e postos de combustíveis. Mas neste sábado (27), depois de ouvir empresários, fez outro decreto afrouxando as restrições e liberando o funcionamento de algumas atividades, como bancos, parques e a indústria. O decreto vale até o dia 15 de março. Hoje, 93% dos leitos de UTI, na rede pública, estão ocupados. A situação é parecida em vários estados. No Paraná, quase tudo ficará fechado até o dia 8 de março. Só serviços considerados essenciais poderão abrir. Em Santa Catarina, serviços não essenciais ficarão suspensos neste e no próximo fim de semana. Todas as regiões estão no nível gravíssimo. Em Rondônia, foi decretado toque de recolher, de 21h até 6h. Durante o dia, a circulação de pessoas também está restrita. O governador, Marcos Rocha (sem partido), fez um apelo à população: “Você quer ser o próximo? Você quer ser o próximo a procurar um leito de UTI e não ter? Quer que seu pai, sua mãe, seu filho, seu irmão, seus parentes, seus amigos procurem leitos e não tenham? Você já viu como é que é a pessoa morrendo porque não consegue respirar? Pois é, os nossos médicos, os nossos profissionais de saúde têm visto isso quase todos os dias. E têm sofrido por isso”. Sem nenhuma ação coordenada nacionalmente, os secretários de Saúde dos estados cobram do Ministério da Saúde uma orientação nacional de medidas conjuntas para evitar o colapso total da saúde no país. Eles dizem que sem uma estratégia única, o cenário pode ser ainda pior. “Se a gente não tiver uma medida coordenada, no sentido de conter a propagação do vírus nesse momento, a gente vai ter um mês de março chorando muitos óbitos, todos os dias”, explicou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula. Neste sábado (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Progressistas, disse que vai conversar na semana que vem com governadores sobre medidas para enfrentar o aumento de casos de Covid no Brasil. Segundo Lira, essa alta já era previsível. O governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, que preside o fórum de governadores, disse que é preciso garantir recursos para leitos de hospitais, insumos e vacinas nessa fase aguda em todos os estados. “Nós estamos realmente à beira de um colapso nacional. Um colapso por conta já de uma presença grande de estados. Nós estamos falando aqui já de 22 estados brasileiros que tem um nível de ocupação muito elevado. Todos os estados, para você ter uma ideia, têm alguma região de saúde que o número de leitos está acima de 85%. Não podemos mais usar aquele mecanismo de um estado ajudar o outro, transferir pacientes de um estado para o outro. Agora, dentro dos estados, nós estamos fazendo transferências para poder socorrer internamente”, explicou o governador.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/02/27/estados-e-municipios-adotam-novas-medidas-diante-do-avanco-do-coronavirus-no-brasil.ghtml
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