Levantamento da defensoria da região do médio Solimões, que abrange sete cidades, revelou que desde o início de janeiro 14 pacientes morreram enquanto aguardavam transferências para Manaus. Defensoria Pública: 14 pacientes com Covid no interior do AM morrem esperando transferência No Amazonas, um levantamento da Defensoria Pública revelou que 14 pacientes com Covid morreram em outras cidades à espera de transferência para Manaus. A fila de espera por um leito de Covid já tem mais de 600 pessoas, um crescimento de 56% em duas semanas. O ritmo mais rápido da contaminação preocupa. Segundo o cientista da Fiocruz Amazônia, a variante brasileira do coronavírus, no momento, é a dominante no Amazonas. “Identificamos a P1 em 51% dos genomas sequenciados em dezembro e 91% daqueles sequenciados em janeiro. Isso não só de Manaus mas também de outros municípios do estado do Amazonas.”, explica o cientista da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca. Apesar das medidas de restrição impostas pelo governo, ainda há aglomeração, como em uma feira na manhã deste sábado (30), em Manaus. Com o colapso no sistema de saúde do Amazonas, há menos de um mês, pacientes da capital começaram a ser transferidos para outros estados do país além do Distrito Federal; 349 pessoas foram transferidas até agora, segundo a secretaria de Saúde do Amazonas. E a situação nas cidades do interior, que não têm nenhum leito de UTI, é cada dia mais grave. Um levantamento da Defensoria do Médio Solimões, que abrange sete cidades, revelou que, desde o início de janeiro, 14 pacientes morreram enquanto aguardavam transferências para Manaus. “Pacientes que estavam no sistema de regulação, que estavam na fila para transferência e que não conseguiram. A defensoria tem entrado constantemente com pedido judiciais, inclusive porque a realidade dentro do hospital se modifica muito rápido. Ela está se ampliando, ela está se tornando mais grave com muita velocidade”, explica a defensora pública Márcia Milene. Seu Francisco Pontes de 76 anos está intubado no Hospital Regional de Tefé, a 520 quilômetros de Manaus. Espera há quatro dias por um leito de UTI em Manaus. “Todo dia eles falam que vão remover e não remove. Hoje ela ligou, deu uma expectativa boa para nós. Nós viemos, trouxemos nossas malas. Quando chega aqui, ela diz que não tem oxigênio na aeronave e manda a gente voltar amanhã ainda para ver se vão remover ele”, contou a filha do Seu Francisco, Suzana Moraes. A Secretaria de Saúde do Amazonas declarou, em nota, que o Seu Francisco é o quinto na lista, mas não informou quando ele vai ser transferido.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/01/30/no-interior-do-amazonas-14-pacientes-com-covid-morrem-a-espera-de-transferencia.ghtml
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