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Rio tem flagrantes de festas com aglomeração enquanto pacientes com Covid aguardam leitos

O estado do Rio tem a maior taxa de mortalidade do país. Famílias de mais de 14 mil pessoas perderam alguém para o coronavírus este ano na capital. No entanto, cenas registradas na noite desta quarta (30) mostram que alguns cariocas não estão respeitando a pandemia. Rio tem flagrantes de festas com aglomeração enquanto pacientes com Covid aguardam leitos No Rio de Janeiro, 199 pessoas com Covid estão esperando vaga para internação. Você já viu essa situação, ao longo do ano, em outras cidades brasileiras. É muita gente doente para pouco leito de hospital. Famílias de mais de 14 mil pessoas perderam alguém para o coronavírus em 2020 na cidade do Rio. Foi uma tragédia. Ainda é uma tragédia. E, se depender de uma parte dos cariocas, tão cedo isso não vai passar. Do alto, um ponto chama a atenção na faixa de areia em Ipanema. Várias pessoas aglomeradas. O mesmo lugar ficou lotado na noite de quarta (30). A cena confunde a gente. É mesmo desta quarta (30) à noite? Ou de festas que aconteceram em réveillons passados? O encontro clandestino, sem respeito a qualquer norma sanitária, recebeu a visita da polícia. Mas a multidão só mudou de lugar e passou a ocupar o calçadão. Na areia, ficaram mais marcas da falta de civilidade: muito lixo. Em Santa Teresa, região central do Rio, um grupo alugou uma mansão para uma balada com DJs. Todo mundo dançou juntinho em volta da piscina por mais de cinco horas. Até que a vizinhança chamou a PM. Um dos convidados tentou evitar o fim da festa, deu carteirada e discutiu com os policiais. Era um major dos Bombeiros: Victor Ferreira dos Anjos, que agora está detido no quartel. As aglomerações brotam em volta dos bares da Zona Sul e atraem mais adeptos na boemia tradicional da Lapa. A movimentação em uma rua na Barra da Tijuca indignou uma moradora. “Olha isso. Parece Carnaval. Você não vê ninguém com máscara não”, diz. A farra que não mede consequências avança pela madrugada até o nascer do sol. Nas tendas coloridas da Zona Norte do Rio, o baile ferve e o vírus faz a festa. A Cidade Maravilhosa ganhou fama no mundo com a alegria das festas que atraem multidões. Mas esta insistência em ignorar as normas para evitar o contágio da Covid-19 já mostrou terríveis consequências. Só na capital: 14.860 mortos. Entre os estados com a maior taxa de mortalidade do país, o Rio de Janeiro hoje ocupa a 1ª posição. Na capital, a taxa de ocupação de UTIs está altíssima: chega a 93%. Enquanto isso, o hospital de campanha do Riocentro, o único que ainda funciona no estado, teve a capacidade reduzida. Nesta quinta, mais equipamentos foram retirados. O hospital não recebe novos pacientes há oito dias. "O CTI 3, 4 e 5 totalmente desmontado e a clínica médica também já está sendo desmontada também. Estão desmontando o hospital todo já", diz um funcionário. A Prefeitura do Rio voltou a declarar que não há nenhuma intenção de fechar ou desmobilizar o hospital de campanha do Riocentro. E informou que intensificou a fiscalização de festas nesta quinta-feira (31).

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/31/rio-tem-flagrantes-de-festas-com-aglomeracao-enquanto-pacientes-com-covid-aguardam-leitos.ghtml

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