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Brasil registra presença de variante do coronavírus detectada no Reino Unido

Linhagem é mais contagiosa. As duas pessoas infectadas são de São Paulo e não se conhecem. Uma delas é uma mulher que não viajou ao exterior, mas recebeu a visita de parentes que moram na Inglaterra. Não há informação sobre o segundo infectado ainda. Brasil registra presença de variante do coronavírus detectada no Reino Unido O Brasil também já registrou a presença da variante do coronavírus detectada primeiro no Reino Unido. É uma linhagem mais contagiosa. A nova cepa do coronavírus foi encontrada em dois exames feitos em São Paulo, nos dias 21 e 22 deste mês. As amostras foram colhidas pelo Laboratório Dasa. O Instituto de Medicina Tropical da USP fez o sequenciamento genético e identificou que é da mesma linhagem encontrada na Inglaterra. As amostras também foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para confirmação. O resultado sai em 48 horas. As duas pessoas infectadas não se conhecem. Uma delas é uma mulher que não viajou para o exterior recentemente, mas recebeu a visita de parentes que moram na Inglaterra. Sobre o segundo infectado, não há informações por enquanto. O laboratório não conseguiu fazer contato com o paciente nem pelo telefone, nem pelo e-mail informados na ficha do exame. O coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Laboratório Dasa explicou que só foi possível detectar a variante aqui no Brasil porque foi feito um teste que coleta a saliva, a mesma técnica usada no exame que encontrou a variação no Reino Unido. “A partir da semana que vem, a gente vai começar a aplicar ele em grande escala. Então vamos poder contribuir no sentido de dizer se a gente está tendo no Brasil o mesmo fenômeno que ele virou na Inglaterra, ou seja, que os novos casos tem um aumento, uma predominância, dessa linhagem b117”, afirma José Eduardo Levi, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Laboratório Dasa. O pesquisador acredita que já existam outros casos dessa cepa no Brasil e explica que essa variante não é detectada pelo exame que usa um cotonete no nariz, feito com mais frequência no Brasil. Os vírus são organismos que sofrem mutações o tempo todo. O coronavírus, por exemplo, já tem mais de 800 variações catalogadas. Elas podem acontecer em qualquer parte. Os estudos feitos na Inglaterra mostraram que a nova variante sofreu oito modificações apenas na proteína "s", chamada de spike. É exatamente essa proteína que o vírus usa para se conectar às células humanas, como se fosse uma chave que abre uma fechadura e rompe a parede da célula. Já instalado no organismo, o coronavírus se multiplica com muita rapidez, sugando a energia da célula. A nova variante apresenta evidências de maior contágio. Em novembro, era encontrada em 20% dos novos casos no Reino Unido. Um mês depois, já era responsável por 60% das novas infecções lá. E já foi detectada em 17 países. Mas os pesquisadores afirmam que, por enquanto, não existe nenhuma evidência de que essa mutação atrapalhe a proteção dada pelas vacinas em fase final de estudos e que já começaram a ser aplicadas em mais de 40 países. Também não há qualquer indicação de que a nova cepa do coronavírus seja mais grave. “Não tem uma letalidade maior as pessoas infectadas por essa cepa do que as infectadas pelas demais. Mas o fato de transmitir mais é preocupante porque, quanto maior o número de pessoas infectadas, maior o risco de as pessoas desenvolverem o quadro mais grave. Então, ela não indiretamente aumenta a letalidade, mas indiretamente, por aumentar o número de pessoas infectadas”, explica Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da USP. O Ministério da Saúde declarou que recebeu a notificação do laboratório Dasa e que acompanha o caso. A Secretária Estadual de Saúde de São Paulo afirmou que já localizou e está monitorando os dois pacientes que testaram positivo.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/31/brasil-registra-presenca-de-variante-do-coronavirus-detectada-no-reino-unido.ghtml

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