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Pesquisadores se mobilizam para salvar animais marinhos no Rio Grande do Sul

Resgatados no litoral gaúcho, os bichos vão para o centro de recuperação da Universidade Federal de Rio Grande. Todo ano, cerca de 200 animais são atendidos. Pesquisadores se mobilizam para recuperar animais marinhos no litoral gaúcho No Rio Grande do Sul, pesquisadores se mobilizaram para salvar animais marinhos que aparecem nessa época do ano no litoral. É na primavera que pinguins, leões e tartarugas marinhas deixam o litoral brasileiro e voltam para o sul do continente, onde se reproduzem. Mas no meio da viagem, alguns se perdem. Outros são feridos por redes de pesca ou ficam debilitados por causa da poluição. Resgatados no litoral gaúcho, eles vão para o centro de recuperação da Universidade Federal de Rio Grande. "Esses animais chegam debilitados e passam por uma série de procedimentos para o seu tratamento. Incluindo alimentação, hidratação, suplementação vitamínica, terapias medicamentosas. Até terem condições de retornar para o ambiente natural”, explica Paula Canabarro, coordenadora do Centro de Recuperação de Animais Marinhos da FURG. Todo ano, cerca de 200 animais marinhos são atendidos no centro. A maioria consegue se recuperar, mas alguns não sobrevivem, principalmente porque comem plástico, achando que é alimento. “Esses animais que nós recebemos aqui denunciam um impacto causado no ambiente marinho e costeiro. Então, são animais que chegam com evidências de ingestão de lixo, de interação com atividade pesqueira, de contaminação pela degradação do ambiente”, conta Paula Canabarro. Como em qualquer hospital, os pacientes só recebem alta após o “ok” da equipe médica. Uma tartaruga, por exemplo, vai precisar de mais alguns dias de tratamento. Mas quem está recuperado pode, enfim, voltar para casa. Na quinta-feira (29), a hora chegou para alguns pacientes recuperados. Um filhote de leão marinho, depois de um mês internado, finalmente, voltou para o mar. “Nossa missão de preservar a vida marinha nesse momento alcança um grande resultado que é o momento da soltura dos animais que nós cuidamos com tanto carinho e com o esforço de tantas pessoas e de tantas instituições e empresas que nos ajudam. Reintegrar-se a suas populações originais, para esses animais é sempre uma possibilidade de continuar existindo e cumprindo sua função ecológica”, diz Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico – FURG.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/30/pesquisadores-se-mobilizam-para-salvar-animais-marinhos-no-rio-grande-do-sul.ghtml

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