Pular para o conteúdo principal

Moradores de comunidade indígena fazem manifestação após Justiça decidir por reintegração de posse em Manaus


Ato aconteceu após uma decisão judicial determinar desocupação e reintegração de posse do local, que seria área de sítio arqueológico. Ato aconteceu nesta quarta (30), em Manaus. Patrick Marques/G1 AM Um grupo de moradores de uma comunidade indígena, conhecida como “Cemitério dos Índios”, na Zona Norte de Manaus, se reuniu em uma manifestação nesta quarta-feira (30). Segundo os manifestantes, o ato aconteceu após uma decisão da Justiça Federal de desocupação e reintegração de posse do local. O pedido de reintegração foi ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF), após pedido feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Amazonas (Iphan-AM), por alegar que a área é de um sítio arqueológico. De acordo com um dos caciques da comunidade, Josué Kokama, a medida de desocupação e reintegração de posse foi tomada durante a tarde desta quarta, pela Justiça Federal, em uma reunião online, com um prazo de 30 dias. Os moradores da comunidade lamentaram a decisão e decidiram se reunir em uma manifestação. “Como é que o nosso povo, que está unido aqui dentro, vai sair daqui?! Estão tirando nosso sonho daqui de dentro. Tem crianças, ansiões aqui. Tem cerca de 2.011 mil famílias que vivem aqui, lutando por um pedacinho de terra. Nós pedimos que as autoridades olhem por nós. Temos direito de moradia, saúde, escola. Queremos que a legalização da terra saia para cada um de nós”, disse o cacique. Ainda conforme o cacique, o pedido para o MPF foi feito pelo Iphan-AM, devido a localidade em que fica a comunidade indígena ser uma área de sítio arqueológico. Um dos advogados dos moradores da comunidade, Leoncio Carvalho, esteve na manifestação realizada pela comunidade e informou que eles irão recorrer a decisão da Justiça. “Aqui tem mais de 2 mil famílias que estão aqui há mais de três anos. Esse local, onde colocaram como sítio arqueológico, era um cemitério indígena. Um local devastado por mata, em que pessoas vinham para usar drogas. Lideranças indígenas, por estarem isoladas, vieram para cá por causas de saúde. Não estão aqui porque querem, mas porque precisam”, informou o advogado. O G1 buscou um posicionamento do Iphan-AM e do MPF sobre a situação e aguarda retorno. VÍDEOS: mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2020/09/30/moradores-de-comunidade-indigena-fazem-manifestacao-apos-justica-decidir-por-reintegracao-de-posse-em-manaus.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

Após susto, cirurgia e orações, 'Diabão' do litoral de SP revela origem do nome

Michel Praddo, de 46 anos, conta que o apelido surgiu após ele ser 'repreendido em nome de Jesus' por uma mulher em Praia Grande. 'Diabão' relatou na web como surgiu nome pelo qual ficou conhecido Reprodução/Redes Sociais Michel Praddo, de 47 anos, conhecido como 'Diabão', revelou nas redes sociais a origem do nome pelo qual ficou conhecido. Segundo o morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, o apelido surgiu após ele ser "repreendido em nome de Jesus" por uma mulher. Depois de passar por complicações recorrentes de uma abdominoplastia, precisando ficar internado por um período, ele relembrou a história ao G1 nesta segunda-feira (12). Segundo Michel, há cerca de cinco anos, quando ele de fato começou a maior parte das modificações corporais, ele estava próximo a um estúdio de tatuagem quando viu um idoso machucado, perto de um ponto de ônibus. Na ocasião, ele estava sozinho. Para ajudar, ele deu carona ao homem de bicicleta, até uma unidade de

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d