Fabiane Rosa (PSD) foi presa na segunda (27) em uma operação do Gaeco, após denúncia de ex-funcionários; ela preside a Comissão de Ética do Legislativo. Vereadora de Curitiba Fabiane Rosa é suspeita de 'rachadinha' Divulgação/ Câmara de Curitiba Uma sindicância será aberta pela Câmara de Curitiba para investigar o caso da vereadora Fabiane Rosa (PSD), presa na segunda-feira (27) por suspeita de "rachadinha" - segundo a própria defesa -, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Legislativo informou nesta quinta-feira (30) que a mesa diretora da Casa fez o pedido de investigação interna ao corregedor, vereador Mauro José Ignácio (PSB), para apurar os fatos supostamente ilícitos. Conforme a Câmara, não houve denúncia no Legislativo contra a vereadora. Por isso, a sindicância leva em consideração notícias divulgadas pela imprensa e o fato de um mandado de busca e apreensão ter sido cumprido no gabinete da parlamentar. A investigação do Gaeco está sob sigilo. A Casa informou que, com base no regimento interno, o corregedor é responsável por avaliar se há indícios de autoria e materialidade das suspeitas contra a vereadora. Quando o trabalho do corregedor for concluído, ele indicará à mesa diretora o resultado. Se o corregedor confirmar a autoria e materialidade das suspeitas, o caso é levado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, presidido pela própria Fabiane. Com isso, segundo o Legislativo, o trabalho no conselho seria comandado pelo vice-presidente Bruno Pessuti (Pode). A comissão é responsável por definir uma possível punição. A análise pode levar do arquivamento até a cassação do mandato. Oito das nove vagas no conselho estão ocupadas atualmente, informou a Casa. Ainda de acordo com a Câmara, a responsabilidade pelo mandato e as atividades inerentes às funções são dos próprios vereadores. O Legislativo informou que já forneceu todas as informações solicitadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e que permanece colaborando com as investigações. O advogado Jeffrey Chiquini, que defende a vereadora, afirmou que ainda não tomou conhecimento da instauração do procedimento da Câmara, mas antecipou que se trata de uma apuração preliminar. "Isso significa que não poderá, através deste procedimento, ser aplicado qualquer ato de caráter punitivo", afirmou o advogado, por meio de nota. Operação do Gaeco Vereadora de Curitiba é presa por suspeita de envolvimento em esquema de rachadinha Os agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete e na casa da vereadora. O MP-PR não quis comentar sobre a operação. No mandado de prisão, expedido pela juíza Carmem Lúcia de Azevedo e Melo, da 2ª Vara de Curitiba, o crime investigado é o de concussão, que é usar o cargo público para obter vantagem. O gabinete e a defesa da parlamentar informaram, por meio de nota, que a investigação se trata de uma denúncia feita por ex-funcionários afastados das funções por decisão unilateral da vereadora. A vereadora foi encaminhada para o presídio feminino de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, e está em uma cela especial porque tem ensino superior. Fabiane Rosa tem 47 anos e se elegeu na eleição municipal, em 2016, pela primeira vez - com mais de 7 mil votos. Ela ficou conhecida por defender os direitos dos animais e por apresentar um projeto de lei, no fim do ano passado, proibindo a queima de fogos nas festas de fim de ano na capital. Na quinta-feira (29), o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) Laertes Ferreira Gomes negou um pedido de liberdade feito pela defesa de Fabiane Rosa. Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.
Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2020/07/30/sindicancia-vai-investigar-vereadora-de-curitiba-presa-por-suspeita-de-rachadinha-diz-camara.ghtml
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