Mais de 17 mil restaurantes e bares devem continuar fechados mesmo com liberação da prefeitura, aponta levantamento
Segundo a Abrasel, cerca de 1/3 dos restaurantes da Bahia podem falir, se não houver uma mudança do cenário. Cerca de 25 mil funcionários da capital baiana foram demitidos durante a pandemia do novo coronavírus. Restaurantes e bares fazem parte da 2º fase de reabertura do comércio de Salvador Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aponta que cerca de 1/3 dos restaurantes da Bahia podem falir, se não houver uma mudança no atual cenário da crise econômica causada pela pandemia do nov coronavírus. Segundo a pesquisa, dos mais de 51 mil estabelecimentos de Salvador, cerca de 17.243 não devem reabrir as portas mesmo depois da pandemia. “Falar em colapso, não significa apenas o colapso dos bares e dos restaurantes, significa dos seus fornecedores, dos seus colaboradores, significa toda uma cadeia produtiva que vai do campo à mesa, sofrendo bastante com esse processo”, disse o presidente executivo da Abrasel, Luiz Henrique do Amaral. Um dos reflexos da crise no setor é o número elevado de demissões. De acordo com a Abrasel, cerca de 25 mil funcionários foram demitidos em Salvador. A pesquisa também revelou que dos 6 mil donos de bares e restaurantes, 35% não vão reabrir, mesmo após a pandemia. “A relação com os colaboradores, ou seja, salários, mão de obra, depois você trabalha com aluguéis dos seus imóveis, os fornecedores, os impostos e as contas de água e de luz. Todos esses elementos são fundamentais para que a gente tenha capacidade de reabrir e tem um elemento, que hoje é um dos mais perversos, que 100% dos empresários necessitam de créditos e apenas 20% deles alcançaram a capacidade de alcançar esse crédito”, apontou o presidente, como motivos para falta de animação dos comerciantes retomarem as atividades. Mais de 17 mil restaurantes e bares devem continuar fechados mesmo com liberação da prefeitura, aponta levantamento Reprodução / TV Bahia A reabertura do setor depende da taxa de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que precisa ser de no máximo 70% e permanecer assim por pelo menos cinco dias. O empresário Carlos Alexandre Sousa, dono de uma rede de restaurantes, não deve reabrir para o público, mesmo mesmo com a liberação da prefeitura. “É um custo alto para reabrir e trazer os funcionários de volta, readaptar a todos os padrões, que são necessários, mas já é mais um custo. O meu receio é de reabrir e depois ter que fechar novamente, depois de alguns dias”, disse. Dono de cinco restaurantes, o empresário precisou fechar duas unidades e para continuar com o negócio, demitiu 130 dos 250 funcionários. Carlos Alexandre começou a investir nas vendas delivery e com retirada na frente do restaurante (Take-away). “O que estou conseguindo é pelo menos pagar as contas e segurar um pouquinho, negociei o aluguel. Com o restaurante funcionando tem um drink, são vários produtos, e assim [delivery], não, você só pede o prato. A gente teve uma redução de 70% do faturamento”, contou o empresário. O empresário Fernando Koch, dono de um mercado, decidiu investir em uma obra de ampliação da área externa. A medida será somada com a criação de um aplicativo e cardápios com QR Code. “Estamos agora ampliando com a área externa, que é uma área para 48 pessoas. Muita gente pergunta se eu vou investir nesse momento, mas é a tendência. Se você não fizer isso, você acaba não progredindo” “É fato que as empresas têm de buscar inovar na forma de atender, a gente vai ter aqueles cardápios digitais, todos com QR Codes nas mesas e vamos desenvolver um aplicativo para que a pessoa, pelo próprio celular, possa pegar o cardápio, comprar os produtos, sem ter muito contato com as pessoas que trabalham nas lojas”, concluiu Fernando. Veja mais notícias do estado no G1 Bahia. Initial plugin text
Fonte: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/07/30/mais-de-17-mil-restaurantes-e-bares-devem-continuar-fechados-mesmo-com-liberacao-da-prefeitura-aponta-levantamento.ghtml
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