Uso da parte líquida do sangue já teve resultado positivo em outras pandemias. Transfusão será feita a partir de julho em 50 pacientes. Hemoes inicia pesquisa do uso de plasma para pacientes com Covid-19 O Hemocentro do Espírito Santo (Hemoes) está fazendo uma pesquisa para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19) utilizando o plasma do sangue de pessoas que tiveram a doença. O estudo quer descobrir se anticorpos criados em quem já foi contaminado pode ajudar outras pessoas a se recuperarem mais rapidamente. O plasma é a parte líquida do sangue, formado por substâncias como potássio, cálcio, magnésio, proteínas, vitaminas, hormônios, entre outros, e corresponde a mais da metade do volume sanguíneo. Inicialmente, a pesquisa pretende comparar o resultado de 50 pacientes que serão submetidos ao plasma com outros 50 sem a transfusão, que será realizada no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, no início do mês de julho. De acordo com a diretora técnica do Hemoes, Rachel Lacourt, o uso do plasma convalescente já teve resultado positivo em outras pandemias, como a de Influenza, por exemplo. "O paciente precisa estar numa fase inicial de gravidade, ainda tendo o organismo capacidade de responder imunologicamente à doença. É preciso também ter a compatibilidade sanguínea e o indivíduo não pode ter nenhuma história de reação adversa a alguma transfusão de sangue anterior", explicou. Plasma é a parte líquida do sangue Divulgação/ Hemoes Doadores Até esta terça-feira (30), o Hemoes conta com 20 doações de voluntários. Segundo a diretora do Hemoes, o doador tem que ter tido a doença comprovadamente. No momento da doação, são feitos exames para ter certeza de que ele não possui mais a doença ativa e que tem em seu plasma a presença de anticorpos. O Hemoes realiza a busca ativa pelos doadores voluntários e, tendo a resposta positiva, eles são convocados a irem ao Hemocentro para realizar os procedimentos. Como é a doação O equipamento utilizado para captação do plasma é o de Aférese, que por meio dele é possível fazer uma coleta seletiva apenas do plasma do doador. “Esse equipamento tem a capacidade de fazer uma filtração do que desejamos extrair e tudo é feito com segurança para o doador. O plasma convalescente é rico em anticorpos e pode melhorar a resposta imunológica do indivíduo e assim diminuir a evolução grave da doença, bem como o tempo de internação, de uso da ventilação mecânica e da taxa de letalidade”, observou a médica. Resultados Rachel Lacourt ressalta que o monitoramento diário da evolução clínica dos doentes é que vai definir a continuidade ou a suspensão do projeto. “Se os resultados forem expressivamente melhores para quem usa plasma do que para quem não usa, será possível fazer o plasma para todos. Caso se mostre não favorável à melhora do indivíduo ou até prejudicial, imediatamente será suspenso”, pontuou a diretora técnica. Veja o plantão de últimas notícias do G1 Espírito Santo
Fonte: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2020/06/30/hemocentro-do-es-pesquisa-uso-de-plasma-em-tratamento-de-pacientes-com-covid-19.ghtml
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