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Manifestação com participação de Bolsonaro provoca aglomeração em Brasília

Na noite deste sábado (30), apoiadores do presidente fizeram uma manifestação com tochas e máscaras em frente ao Supremo Tribunal Federal. Manifestação com participação de Bolsonaro provoca aglomeração em Brasília Na noite deste sábado (30), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fizeram um ato com tochas e máscaras em frente ao Supremo Tribunal Federal. Neste domingo (31), uma nova manifestação na Esplanada dos Ministérios provocou aglomeração em Brasília e teve a participação do presidente Jair Bolsonaro. O protesto da noite deste sábado foi chefiado por Sara Winter, uma das mais entusiasmadas apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro. Ela foi um dos alvos da busca e apreensão da Polícia Federal, na semana passada, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que apura ofensas e ameaças a integrantes da Corte. Os manifestantes marcharam pela Esplanada dos Ministérios, na penumbra da noite. Vestidos de preto, com máscaras e empunhando tochas de fogo, seguiram até a Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal. imagens feitas de longe mostram que o grupo de manifestantes era pequeno. Mas chocaram pela coreografia que remete a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos. Eles gritavam palavras de ordem contra o ministro Alexandre de Moraes. Os vídeos da manifestação postados em redes sociais provocaram reações. Várias pessoas observaram a semelhança com atos do grupo supremacista Klu Klux Klan, que também usava tochas e máscaras. A Klu Klux Klan é uma organização que surgiu no século 19, nos Estados Unidos. Em trajes macabros, o grupo promovia atos de violência contra negros. O uso de tochas na manifestação deste sábado também foi relacionado a manifestações dos nazistas, na Alemanha, da década de 1930, e aos protestos de grupos de extrema direita americana em Charlotesville, no estado americano da Virgínia, em 2017. Naquele ano, grupos supremacistas brancos protestaram contra a retirada de estátua de um general confederado. Durante a guerra civil no país, no século 19, os chamados estados confederados eram contra a abolição da escravatura. O historiador Boris Fausto diz que ficou estarrecido com as imagens que remetem a um passado sombrio: "É uma réplica com menos fogo e com as máscaras mais improvisadas, mas é uma réplica das manifestações da Klu Klux Klan. Essas pessoas sabem disso. Elas não podem ser ignorantes para ter montado uma coisa como essa por coincidência. Significa que eles estão expressando as piores coisas que existem na alma humana: a perseguição, a violência. E falam em liberdade e democracia. É realmente uma coisa, como eu disse ao começar, estarrecedora. Portanto, são coisas minoritárias em número, mas muito graves como expressão". Nas redes sociais, políticos reagiram à manifestação. O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias, chamou o protesto de 'a marcha da insensatez': "Por que? Para onde? O Brasil quer marchar para o seu futuro com lucidez, competência, inteligência e equilíbrio!" De manhã, mais manifestação pró-governo, que tem se repetido aos domingos. O ato começou com uma carreata, às 10h. Simpatizantes do presidente empunhavam faixas com críticas ao Supremo, dizendo "STF, refúgio de corruptos" e cartazes antidemocráticos, pedindo intervenção militar. Uma faixa dizia "Forças Armadas, fechem o Congresso e o STF já". Os manifestantes seguiram pela Esplanada dos Ministérios até chegar à Praça dos Três Poderes e pararam em frente ao Palácio do Planalto. Pouco antes do meio dia, o presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada de helicóptero, sobrevoou a praça, e do alto, acenou para os apoiadores. A aeronave pousou e o presidente foi ao encontro dos manifestantes. Bolsonaro caminhou cerca de 20 minutos, acenando para as pessoas que estavam na Praça dos Três Poderes. Tudo foi transmitido pelas redes sociais. No final, o presidente pediu para montar em um dos cavalos da Polícia Militar. O presidente não usava máscara, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde, do Ministério da Saúde e também um decreto do governo do Distrito Federal, que exige o uso de máscaras em locais públicos e prevê multa de R$ 2 mil. Mas o governo da capital vem fazendo vista grossa para esses atos que provocam aglomerações e para os manifestantes e autoridades que ignoram a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos. A Secretaria de Segurança Pública do DF se limitou a divulgar uma nota, dizendo que monitora atos públicos de qualquer natureza, respeitados os limites constitucionais.

Fonte: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/05/31/manifestacao-com-participacao-de-bolsonaro-provoca-aglomeracao-em-brasilia.ghtml

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