O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o governo já preparou as diretrizes para o relaxamento das medidas de isolamento social, mas reforçou que não dá pra começar a liberação enquanto os números estiverem subindo. Brasil ultrapassa a China no número de casos confirmados de coronavírus O Brasil ultrapassou a China também no número de casos de coronavírus. Em número de mortes isso já havia acontecido nesta semana. O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o governo já preparou diretrizes para o relaxamento das medidas de isolamento social, mas que não dá pra começar a liberação enquanto os números estiverem subindo. O Brasil chegou, nesta quinta-feira (30), a 85.380 casos confirmados da doença. Mais de 7.200 nas últimas 24 horas, um novo recorde. De acordo com o Ministério da Saúde, são 5.901 mortes no total. De quarta (29) para quinta (30), foram 435 óbitos. O ministro da Saúde foi questionado se o governo vai mudar a orientação sobre as medidas de distanciamento. Nelson Teich disse que ela continua a mesma. “Não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. E, mesmo quando a gente discute número de municípios que não têm a doença, por exemplo, que não têm caso, isso é uma coisa mais importante que número de municípios é número de vidas”, afirmou. Mas, logo em seguida, Nelson Teich também disse que o ministério já preparou um documento com parâmetros para que estados e municípios decidam a melhor maneira e o momento de reduzir o distanciamento social. Segundo o ministro, essas diretrizes já estão prontas, mas ele não quis revelar quais são elas. “Ninguém está pensando em relaxamento. A gente está criando uma diretriz que é completamente diferente. A ideia é que seja uma diretriz onde as pessoas vão ter que pensar em todas as variáveis, em todos os pontos que devem ser pensados, para que alguma política possa ser desenhada em algum momento no futuro, quando isso for uma coisa que tenha a segurança necessária. Como eu falei na outra pergunta, se liberar uma diretriz dessa puder soar como uma orientação ou uma recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim, porque não é o caso”, disse. Especialistas em epidemiologia ouvidos pelo Jornal Nacional reforçam que, neste momento, é fundamental manter as medidas de isolamento social. Os cientistas dizem que, se não fossem elas, a situação estaria muito pior neste momento, “Não precisa ser cientista da Nasa para entender. Na cidade de Nova York, no auge, eles tiveram um dia em que morreram mais de mil pessoas. Ora, a cidade de Nova York tem 8,5 milhões de pessoas. A Grande São Paulo tem 21 milhões, isso dá uma ideia do que poderia se esperar em São Paulo se você tivesse demorado muito para reagir”, explicou Tarcísio Marciano, pesquisador da UnB. “Se você sai hoje de casa, daqui dois a 14 dias, você tem alto risco de ficar doente. E ficar doente nessa altura do campeonato é uma situação extremamente perigosa. Por quê? Por que que você precisa ficar? Por que que a gente fala em achatar a curva? Porque eu tenho uma porta de um metro, essa porta é o serviço de saúde. Se nessa porta eu tiver que fazer passar 50 pessoas de uma vez só, óbvio que isso não vai acontecer. No entanto, se eu colocar todo mundo em fila, todos vão passar, o que significa que todos vão poder ser atendidos de maneira adequada na estrutura de saúde, quer seja pública, quer seja privada”, defendeu Jamal Suleiman, infectologista do Emílio Ribas.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/04/30/brasil-ultrapassa-a-china-no-numero-de-casos-confirmados-de-coronavirus.ghtml
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