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Índia tem Ano Novo com novos protestos contra lei de cidadania


O texto, aprovado há duas semanas, garante a nacionalidade indiana a membros de 6 religiões perseguidas nos países vizinhos, mas não inclui muçulmanos. Indianos foram às ruas na terça (31) para protestar contra a lei de cidadania. Adnan Abidi/Reuters Milhares de indianos foram às ruas na noite desta terça (31), em meio às comemorações do Ano Novo, para novos protestos contra uma lei de cidadania aprovada no país este mês. Os protestos abalam a Índia desde 12 de dezembro, quando o governo aprovou uma legislação que facilita o caminho para minorias não muçulmanas do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão obterem a cidadania indiana. O texto oferece um caminho para a nacionalidade indiana a cristãos, budistas, hindus, parsis, jains e sikhs que escaparam desses três países por perseguição religiosa antes de 2015. A regra, entretanto, não foi estendida aos muçulmanos. Isso faz com que os rohingya de Mianmar - que, segundo a ONU, vivem sob ameaça de genocídio - não sejam incluídos. Índia teve protestos contra nova lei de cidadania G1 Os manifestantes haviam planejado pelo menos três manifestações em Nova Délhi, a capital, incluindo a área de Shaheen Bagh, onde centenas de moradores bloquearam uma grande estrada por 18 dias. A polícia disse que enviou forças adicionais à cidade nesta terça (31), com restrições de tráfego impostas em algumas partes da capital. Irshad Alam, de 25 anos, morador de Shaheen Bagh, foi ao protesto com o filho de um ano e a esposa. Ele disse que participava do protesto todos os dias. "Está congelando aqui", disse, "mas ainda estamos aqui porque nos preocupamos com esse movimento". Mais de 200 pessoas se reuniram em um palco improvisado no bairro muçulmano, cantando slogans e recitando poesia. Na cidade de Hyderabad, no sul, pelo menos dois pequenos grupos de manifestantes estão organizando protestos repentinos, para contornar as restrições da polícia a encontros maiores. Normalmente, meia dúzia de manifestantes aparecem em locais públicos, como shoppings e cafeterias, segurando cartazes e incentivando os pedestres a se juntarem, disse à Reuters um membro de um dos grupos, que realizou 11 protestos. Recitais de poesia nas ruas, comédias e performances musicais também estão planejados na capital financeira do país, Mumbai, e em Calcutá, no leste. Alguns protestos se tornaram violentos, particularmente no populoso estado de Uttar Pradesh, no norte. Ao menos 25 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia desde o início de dezembro. Inicialmente pego de surpresa pela escala dos protestos, o Partido Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês), do primeiro-ministro, Narendra Modi, se esforçou para acalmar a raiva do público. Modi declarou que não houve discussões sobre a lei, contradizendo os colegas do partido. O BJP faz uma campanha para dizer que a lei não é discriminatória e é necessária para ajudar minorias não muçulmanas perseguidas nos três países vizinhos.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/31/india-tem-ano-novo-com-novos-protestos-contra-lei-de-cidadania.ghtml

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