Pular para o conteúdo principal

Novo Censo das onças-pintadas na Mata Atlântica registra aumento na população de animais

Com um projeto de monitoramento e educação ambiental, elas voltaram a ser vistas no o parque nacional onde ficam as Cataratas do Iguaçu. Nos anos 90, as onças-pintadas quase desapareceram do parque por causa de caçadores. Censo mostra o crescimento da população de onças-pintadas na fronteira com a Argentina Pesquisadores brasileiros e argentinos acabam de divulgar o resultado de um novo censo das onças-pintadas na Mata Atlântica, onde a espécie está criticamente ameaçada de extinção. E a notícia é boa! Biólogos e especialistas em meio ambiente estudam a maior área remanescente de mata atlântica do sul do Brasil, o parque nacional onde ficam as Cataratas do Iguaçu. Guiados por GPS, eles procuram uma onça macho capturada em junho, que recebeu uma coleira de monitoramento. O roteiro fica ainda mais desafiador debaixo de chuva. Quando não é possível localizar a onça-pintada por satélite, os pesquisadores contam com um aparelho que recebe um sinal de rádio transmitido pelo equipamento do animal. Desse jeito dá pra saber que caminhos a onça costuma fazer, e tentar registrar os hábitos do bicho. A vigilância é feita por câmeras com sensores, disparados por movimentos. “Esses são os nossos olhos. A gente diz que é o ‘Big Brother’ da floresta”, brinca a bióloga Vania Foster. As imagens comprovam. O Tarobá, um adulto de cinco anos, e outras onças, hoje reinam na floresta. Mas nem sempre foi assim. Nos anos 90, as onças-pintadas quase desapareceram do parque por causa de caçadores. Com um projeto de monitoramento e educação ambiental, elas voltaram a ser vistas. Desde 2009, pesquisadores do Brasil e da Argentina fazem um censo da espécie numa área de 380 mil hectares de Mata Atlântica na fronteira dos dois países. O último levantamento divulgado agora totalizou 105 onças-pintadas, 16% a mais que o censo anterior. Um dos motivos é o equilíbrio ambiental. “Esse projeto, esse esforço, mostra que isso é possível. É possível ficar bem para as pessoas e bem para as onças”, explica a coordenadora do Projeto Onças do Iguaçu, Yara Barros. E o cardápio das onças anda variado. Os queixadas, por exemplo, espécie de porco selvagem, reapareceram. E renderam imagens inéditas com a ninhada. “O queixada é uma espécie que foi considerada extinta nessa região há 20 anos. É um item alimentar muito importante pra onça-pintada, e eles estarem voltando pro parque, estarem de volta é importante pra gente, é importante pras onças, a gente tá super feliz”, diz Yara Barros.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/11/30/novo-censo-das-oncas-pintadas-na-mata-atlantica-registra-aumento-na-populacao-de-animais.ghtml

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escultura de dinossauro que viveu há milhões de anos na região é instalada em praça de Uberaba

Réplicas de uma Maniraptora protegendo seus filhotes foi criada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. Escultura Maniraptora Uberaba TV Integração/Reprodução A escultura em tamanho real de uma Maniraptora protegendo seu ninho foi instalada nesta terça-feira (22) na praça Manoel Terra, em frente a Igreja Santa Rita, em Uberaba. A espécie de dinossauro carnívoro viveu há 65 milhões de anos na região. Esculturas de filhotes de dinossauros serão instaladas na região central de Uberaba De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, a réplica batizada de "Alice" corresponde a outra escultura de um macho, que se encontra no museu dos dinossauros, em Peirópolis. Em 2004, uma garra da mão do animal foi escavada e estudos posteriores revelaram que se tratava de um dinossauro de cerca de dois metros de comprimento, com plumas e pertencente ao grupo de dinossauros que deram origem às aves, parente dos velociraptores. As representações, que fazem part

'Berçário' das baleias jubartes, Bahia concentra maior parte da espécie durante temporada de reprodução; VÍDEO

Baleias começaram a ser vistas em junho e devem ficar no Brasil até outubro ou novembro. Arquipélago de Abrolhos, no sul baiano, é local preferido delas. Salto de baleia jubarte em Salvador em julho deste ano Enrico Marcovaldi/ Projeto baleia Jubarte Entre os meses de julho e novembro, as águas calmas e quentes do litoral baiano são cenário das acrobacias e cantos das baleias jubartes. Todo ano, as ilustres visitantes viajam por cerca 2 meses, da Antártida até o Brasil, para acasalar, reproduzir, e dar um show para quem tem o privilégio de vê-las. Baleias jubarte começam a chegar ao litoral da Bahia "São cantoras de ópera e dançarinas acrobáticas. Dentre as espécies, são as mais exibidas. Geralmente, os machos cantam para seduzir e copular, mas é também uma forma de comunicação", explica Enrico Marcovaldi, um dos coordenadores do Projeto Baleia Jubarte, que monitora a espécie há 32 anos. Baleia jubarte exibe a cauda em Praia do Forte, na Bahia. Registro foi feito neste mês d

Região de Piracicaba tem ao menos cinco cidades com ocupação total em UTIs para casos de Covid-19

Lotação ocorre em Capivari, Cosmópolis, Rio das Pedras, Santa Bárbara d'Oeste e São Pedro, segundo levantamento do governo estadual e do G1. No caso de Santa Bárbara, também não há vagas sem respirador, destinadas a casos menos graves. Movimento de profissionais de saúde na UPA do Piracicamirim, em Piracicaba Vanderlei Duarte/ EPTV A região de Piracicaba (SP) tem ao menos cinco cidades com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a casos de Covid-19 ocupados nesta terça-feira (16), segundo levantamentos do governo estadual e do G1. Rio das Pedras (SP) e São Pedro (SP) estão em uma lista de 67 cidades do estado sem vagas nas alas intensivas divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Na região de Campinas (SP), sete municípios tem UTIs lotadas. Conforme o levantamento feito pelo G1 nesta terça com base nas informações divulgadas por prefeituras da região, Capivari (SP), Cosmópolis (SP) e Santa Bárbara d'Oeste (SP) também estão com ocupação