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Pacientes de São José do Rio Pardo reclamam de falta de transporte adequado para irem às consultas


Uma menina com imunidade baixa viajou com outros pacientes e uma mulher foi transportada com o pé para fora da ambulância. Secretário de Saúde diz que demanda é grande e não há previsão para aquisição de novos veículos. Pacientes de São José do Rio Pardo enfrentam dificuldades no transporte da prefeitura Criança com baixa imunidade transportada com outras pessoas no mesmo veículo e paciente com o pé para fora da ambulância. Essas são algumas situações vividas por moradores de São José do Rio Pardo (SP) que precisaram de transporte da prefeitura para passar por atendimento médico em outras cidades. O secretário municipal de Saúde, Antônio José Manrique, disse que o município tem 17 veículos disponíveis para transportar pacientes, mas que a demanda é alta. Mesmo assim, não há previsão de compra de novos veículos. "Nesse ano a gente não tem nenhuma condição para aumento de frota. Para o orçamento do ano que vem nós vamos tentar, mas mesmo assim a gente não tem isso de forma clara", afirmou. Descumprimento de ordem judicial Contrariando ordem médica que determinava o transporte isolado, a menina Isabella Santos, que tem baixa imunidade chegou a dividir o veículo com outras pessoas para ir para uma de suas consultas. Ela tem distrofia muscular distal. A doença é degenerativa, causa dores intensas e provoca queda de imunidade. A menina é tratada desde que nasceu em outras cidades porque em São José do Rio Pardo não há tratamento especializado. A família sempre contou com o transporte coletivo da Saúde do município, mas Isabella teve um agravamento do seu estado de saúde e, por isso, foi emitido um laudo médico com a recomendação de que ela viajasse em um carro individual. A orientação, porém, não foi seguida. Isabella Santos tem distrofia muscular distal e precisa de transporte individual da prefeitura de São José do Rio Pardo (SP). Reginaldo dos Santos/EPTV A menina ainda tem que passar por consultas em São Paulo (SP) e Ribeirão Preto (SP) e a família não consegue custear todas as viagens. "Eu preciso do transporte. Eu não vou para passear. Eu vou para tratar a minha filha", disse a mãe Fernanda Andrade. Para garantir o direito da família, ela recorreu ao Ministério Público, que pediu para a Secretaria de Saúde cumprir a recomendação do médico e fornecer transporte individual para a menina. Mesmo assim, o atendimento a Isabella não foi garantido. "Ela já perdeu até horário de consulta porque precisava deixar pacientes em outros locais primeiro e São Paulo é tudo longe e muito trânsito", disse Fernanda. O secretário de Saúde, admite que tem conhecimento da recomendação médica, mas alega que nem sempre é possível cumpri-la. "Em algumas ocasiões a gente recebe um número maior de pedidos do que a nossa capacidade de carro individual, então nós temos que compartilhar esse carro com outro paciente", disse Manrique. O promotor José Cláudio Zan, que fez o pedido para que a administração desse prioridade ao transporte da Isabella, disse que não foi informado pela mãe da criança de que pedido não foi atendido. Disse ainda que aguarda contato da mãe para tomar providências e que ela precisa apresentar laudos médicos atualizados que comprovem que a Isabella continua precisando de atendimento especial. Pé para fora da ambulância Paciente é transportada com o pé para fora da ambulância em São José do Rio Pardo. Reprodução EPTV O pintor Juscelino José da Silva também teve problemas com o transporte oferecido pela prefeitura. Ele enfrentou dificuldades para levar a esposa de volta para casa, em Jaú (SP), após ela passar por uma cirurgia para retirar tumores na perna. "Ela tinha que vir deitada, então necessita de maca e carro grande com maca para ela vir deitada. Quando o transporte chegou em Jaú, era um transporte pequeno e metade da canela dela ficou para fora da ambulância", disse o pintor. Segundo o secretário de saúde, o motorista parou no trajeto ao perceber o desconforto da mulher. "Ele colocou ela em um pronto-socorro e acionou um terceiro, que presta serviço sob contrato para a prefeitura, para resgate de casos mais graves. Ela precisou esperar, mas o resgate maior chegou e trouxe ela sã e salva", disse. Veja mais notícias da região no G1 São Carlos e Araraquara.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2019/10/31/pacientes-de-sao-jose-do-rio-pardo-reclamam-de-falta-de-transporte-adequado-para-irem-as-consultas.ghtml

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